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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
A mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel – que conta com o oferecimento da Infobip - apurou que os brasileiros estão usando mais os aplicativos Facebook Messenger, Instagram e Telegram para se comunicarem com amigos e empresas. A liderança se mantém com o WhatsApp e os números fazem parte da nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel, de agosto de 2019.
Enquanto a proporção dos usuários Facebook Messenger subiu 10 pontos percentuais nos últimos seis meses, passando de 69% para 79%, e a do Instagram pulou de 65% para 72%, o Telegram chama a atenção ao crescer de 13% para 19% (um ganho de seis pontos percentuais) em uma época em que teor da troca das mensagens pelo aplicativo entre membros da Operação Lava Jato se tornou público.
"O crescimento da base de usuários dos três aplicativos chama a atenção, porque o Facebook Messenger vinha perdendo participação no Brasil, enquanto o Telegram estava estagnado em torno de 13% – esta é a primeira vez que ganhou participação acima da margem de erro da pesquisa. Apenas o Instagram reiterou a sua tendência de alta percebida nas edições anteriores do relatório", afirma Fernando Paiva, editor do Mobile Time e coordenador da pesquisa. "Não sabemos o real motivo deste salto, talvez por curiosidade dos usuários em conhecer o aplicativo que contribuiu para sacudir a política nacional nos últimos meses", comenta o coordenador da pesquisa.
WhatsApp se mantém na liderança
O aumento da popularidade do Facebook Messenger, do Instagram e do Telegram não está relacionada a qualquer fato negativo atribuído ao WhatsApp, de acordo com análise de Fernando Paiva. "Este continua sendo o canal de mensageria mais popular do País, presente em 98% dos smartphones e com 98% dos seus usuários declarando que o abrem todo dia ou quase todo dia. Na verdade, o WhatsApp em seis meses até aumentou em um ponto percentual a sua penetração, variação que está dentro da margem de erro", aponta ele. "O que se percebe com os dados coletados desta vez, portanto, é que o brasileiro se mantém fiel ao WhatsApp mas ampliou a diversidade dos canais que utiliza para mensageria móvel, aprofundando ainda mais o seu comportamento de hiperssocialização virtual", destaca Paiva.
Outras descobertas do Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel
SMS perde espaço - De todos os canais monitorados, o único a perder popularidade foi o SMS, tanto para recebimento quanto para envio de mensagens. Essa tendência deveria servir de alerta para as operadoras acelerarem seus projetos de implementação do RCS, tecnologia que pode preservar a receita atual do SMS A2P e trazer de volta os usuários para um canal de mensageria gerenciado por elas. Em seis meses, diminuiu de 27% para 22% a proporção de internautas brasileiros com celular que enviam SMS todo dia ou quase todo dia. E aumentou de 43% para 51% a proporção que declara que nunca ou quase nunca envia mensagens de texto.
Pagamento via WhatsApp – Mais da metade dos usuários, 56%, declaram que gostariam de realizar pagamentos e transferências de dinheiro através do WhatsApp. A proporção é ainda maior entre homens (62%) do que entre mulheres (50%). O interesse em transformar o WhatsApp em uma carteira digital tem mais aderência entre os mais jovens (59% dos usuários com 16 a 29 anos) gostariam de experimentar esse recurso. O percentual cai para 56% no grupo de 30 a 49 anos e para 50%, entre aqueles com 50 anos ou mais.
Conversando com as empresas
Os brasileiros gostam de conversar com as marcas através dos principais canais de mensageria móvel. No entanto, 13% dos usuários de smartphone apontam o Facebook Messenger como inadequado para essa finalidade. No WhatsApp a rejeição é menor, de 8%. E no Instagram e no Telegram é praticamente inexistente: 1% em cada. A pesquisa é um sinal que, se depender do brasileiro, o WhatsApp poderá absorver o mercado que hoje está com as operadoras celulares com o SMS, que vem perdendo espaço, segundo a pesquisa.
Metodologia
A pesquisa entrevistou 2.102 brasileiros com mais de 16 anos de idade, que acessam a Internet e possuem celular, respeitando as proporções de gênero, idade, renda mensal e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas on-line entre 17 e 25 de julho de 2019. A pesquisa tem validade estatística, com margem de erro de 2,1 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.