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    porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024

Médico que masturbou mulher durante consulta perguntou se ela “estava gostando”

O médico ginecologista Celso Satoru Kurike chegou a afirmar que a paciente sentia dores porque não era “estimulada sexualmente”


metropoles

Publicada em: 24/06/2023 11:18:39 - Atualizado

BRASIL: O ginecologista Celso Satoru Kurike foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por abusar sexualmente de pacientes durante atendimentos no consultório. Uma segunda vítima do médico detalhou o modus operandi do suspeito. De acordo com relatos da paciente, o suspeito massageou seu clitóris durante o atendimento e perguntou se ela “estava gostando”.

Kurike, alvo de inquérito policial, foi indiciado por violação sexual mediante fraude, após pelo menos duas mulheres o acusarem de tê-las tocado de forma imprópria no momento em que estavam deitadas na maca de atendimento.

Segundo o relato de uma das vítimas, o médico pediu que ela deitasse e colheu material para o exame preventivo. Em seguida, o ginecologista perguntou se ela sentia dores quando mantinha relações sexuais, o que foi prontamente negado pela paciente. No entanto, Kurike desconsiderou a resposta, afirmando que a paciente sentia dores “porque não era estimulada”.

Massagem no clitóris

A vítima contou à polícia que, após a declaração, o ginecologista tocou em seu clitóris e passou a massageá-lo, fazendo movimentos circulares. Logo em seguida, o médico perguntou se ela “estava gostando”. A mulher contou ter ficado em choque, sem reação. Kurike prosseguiu falando como a paciente deveria manter relações sexuais e acariciou as pernas dela.

Acuada, a vítima ainda ouviu do profissional que ela “tinha um sorriso muito lindo” e o sentiu acariciando seus cabelos. A paciente se vestiu e disse que ia embora. Kurike afirmou que ela iria apenas se “desse um abraço” nele; a mulher negou, mas, após muita insistência, acabou abraçando o médico para conseguir deixar o consultório. Os relatos integram o processo que apura os crimes cometidos pelo ginecologista.

Outra vítima que denunciou os abusos relata que procurou o hospital para agendar um atendimento ginecológico e teve horário marcado com Kurike, com quem ela nunca havia se consultado. Na data combinada, a paciente informou que sentia dores na cicatriz deixada pela cesariana, além de cólicas e forte fluxo menstrual. O médico, então, pediu que a mulher respondesse a algumas perguntas que lhe causaram estranheza: o profissional queria saber quantos parceiros sexuais a vítima havia tido na vida, se costumava sentir dores durante a relação sexual e se tinha dificuldades de chegar ao orgasmo. Logo após as perguntas, o ginecologista lhe pediu que tirasse a roupa e vestisse um avental.



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