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porto velho, domingo 14 de setembro de 2025
BRASIL: O bombeiro Paulo César Albuquerque, acusado de tentar matar um atendente do McDonald's após uma discussão na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi lida no fim da noite desta quinta-feira (27).
O caso aconteceu em maio de 2022. Segundo as investigações, o bombeiro atirou contra o atendente Matheus Domingos Carvalho após uma discussão motivada por um cupom de desconto de R$ 4.
Paulo foi condenado por tentativa de homicídio. A defesa do bombeiro alega que o disparo foi acidental e aconteceu depois que ele escorregou no piso da lanchonete.
Um dos argumentos levantados pela defesa do bombeiro é que o tiro teria sido perpendicular, ou seja, de baixo para cima.
Durante o julgamento, nesta quinta-feira, Paulo também foi questionado por qual motivo deixou a lanchonete sem ajudar a vítima. Ele afirmou que não se lembrava do telefone dos bombeiros, mas disse que pediu ajuda para um amigo.
Além da pena de prisão, o bombeiro também foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil à vítima por danos morais.
A defesa do bombeiro afirmou que vai recorrer da decisão e acredita que irá reverter o resultado. O advogado afirmou ainda que Paulo César Albuquerque não teve a intenção de disparar a arma de fogo.
A defesa de Matheus, representada pela advogada Luísa Capanema Vieira, do escritório de advocacia João Tancredo, afirmou que saiu satisfeita com o resultado do julgamento e acredita que o júri ficou sensibilizado com os traumas que foram vivenciados pelo jovem, que ainda enfrenta uma luta para retomar a vida com as sequelas físicas e psíquicas que resultaram do crime.
O Corpo de Bombeiros disse que "repudia veementemente todo e qualquer ato criminoso"
O caso aconteceu na unidade do McDonald's de Taquara, na Zona Oeste do Rio. O desentendimento entre o bombeiro e o atendente começou após Paulo César exigir de Mateus um desconto de R$ 4 em seu pedido.
Segundo a vítima e outras testemunhas, o cliente estava no drive-thru da loja e queria adicionar um cupom promocional depois que o pedido já tinha sido fechado. Mateus teria informado que não seria possível.
Em seguida, Paulo César se irritou, quebrou a proteção de acrílico e deu um soco em Mateus, que revidou a agressão.
Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento registram o momento em que o sargento entrou na loja com uma arma na mão.