Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL: O fisiculturista Weldrin Lopes de Alcântara, de 44 anos, foi condenado a 5 anos 8 meses e 13 dias de prisão em regime semiaberto por tentativa de homicídio qualificado, inclusive, por feminicídio, contra Ellen Cristina Otoni Campos, de 37 anos. A decisão foi divulgada no final da noite desta terça-feira (23).
De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), "os jurados acolheram a tese do crime privilegiado, reconhecendo que o acusado agiu motivado por violenta emoção, devido às ameaças da vítima, o que causou a retirada da qualificadora do motivo torpe e a atenuação da pena", informou.
O réu foi submetido a júri popular. O julgamento aconteceu no Fórum Lafayette, na região Centro-Sul de Belo Horizonte e durou mais de 12 horas. O conselho de sentença foi formado por cinco homens e duas mulheres.
A primeira pessoa prestar depoimento foi a vítima Ellen Otoni. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o depoimento durou quase duas horas. Ellen narrou os acontecimentos da noite do crime e disse acreditar que o fisiculturista planejou matá-la. Isso porque, ela descreveu o comportamento dele, dias antes, como carinhoso. descreveu a atitude dele como carinhosa. Para ela, o acusado estava apenas se despedindo dela porque já havia planejado a sua morte.
Além da vítima, outras oito testemunhas prestaram depoimento. O último a ser ouvido foi o acusado Weldrin Alcântara. Ele confessou que atirou contra a fisiculturista, porém justificou que agiu em legítima defesa. Sobre a quantidade de disparos, ele alegou que tinha a intenção de pará-la e que, a cada disparo, Ellen ia para cima dele. Weldrin disse, no entanto, que não tinha intenção de matá-la.
Relembre o caso
Ellen Cristina Otoni, de 37 anos, foi atingida por quatro tiros, três pegaram de raspão e um atingiu a mandíbula dela. O caso aconteceu no apartamento de Weldrin Lopes de Alcântara, no bairro Liberdade, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Ela ficou internada e recebeu alta quase dois meses após o crime.
Weldrin Lopes de Alcântara foi preso no dia 27 de fevereiro, após se entregar à Polícia Civil. Apesar de sua advogada ter alegado legítima defesa, a Polícia Civil não concordou com a argumentação. Ele permanece no sistema prisional.