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    porto velho, terça-feira 9 de setembro de 2025

Senador acusa Lula de cobrar “pedágio” na Amazônia, após privatização do Rio Madeira

Sem o direito constitucional de ir e vir, agora seremos taxados pelo ir e vir em nossos rios.


cm7

Publicada em: 08/09/2025 15:56:01 - Atualizado


Sem o direito de ir e vir por terra, diante do embargo à pavimentação da BR-319, agora empresários e cidadãos do Amazonas podem enfrentar custos ainda mais altos para trafegar pelas hidrovias. 

Em decisão tomada sem alarde, o presidente Lula assinou, no dia 28 de agosto, decreto que inclui no Programa Nacional de Privatização três dos principais rios da Amazônia: Madeira, Tocantins e Tapajós. 

Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), a medida representa a entrega da soberania da Amazônia a grandes grupos econômicos e empresas estrangeiras, justamente em um momento em que a China avança sobre terras cultiváveis, mineradoras estratégicas e até montadoras de automóveis no Brasil. 

Plínio anunciou que já avalia quais medidas podem ser adotadas para impedir essa privatização, criticando a ausência de qualquer consulta às populações diretamente afetadas. 

Sem o direito constitucional de ir e vir, agora seremos taxados pelo ir e vir em nossos rios. O governo, sem debate público, colocou à venda os rios federais da Amazônia, sem sequer licença. 

A mesma turma que impede a pavimentação da BR-319, agora privatiza nossa maior via de transporte: os rios — protestou o senador. Pelo decreto, as hidrovias do Madeira (que liga Porto Velho a Itacoatiara), do Tocantins e do Tapajós entram no plano de privatização. 

Todas são estratégicas para o transporte de passageiros e para a economia de milhões de pessoas da região, afetando diretamente setores como o agronegócio. Na contramão da tão propagandeada soberania, o governo Lula pode entregar o controle logístico da Amazônia a grupos estrangeiros.

Não temos estradas, e em breve teremos pedágio em nossos rios, sem qualquer contrapartida, como a tão prometida e nunca executada recuperação da BR-319 — denunciou Plínio.


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