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porto velho, quarta-feira 17 de setembro de 2025
Deputados da base do governo afirmam que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Anistia funciona como uma cortina de fumaça para a chamada PEC da Blindagem, que busca ampliar a proteção de parlamentares contra investigações.
A avaliação é de que a Câmara aposta na repercussão da anistia, mesmo diante da possibilidade de derrota no Senado ou no STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), confirmou que líderes partidários a discussão da PEC da Anistia acontecerá nesta quarta-feira (17). A oposição pressiona para que o texto seja amplo, o que alcançaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já o Centrão defende restrições.
Dentro do grupo, há divergências: parte quer a medida aplicada apenas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, enquanto outra parcela deseja incluir financiadores e organizadores da tentativa de golpe.
Segundo parlamentares do governo, a estratégia é usar o debate da anistia como forma de deslocar a atenção da PEC da Blindagem. A ideia seria provocar mobilização em torno do tema mais polêmico, reduzindo a resistência à blindagem parlamentar.
Nos bastidores, a percepção é de que a manobra não surtiu efeito inicial, mas que o protagonismo da PEC da Anistia pode prevalecer até o fim da semana.
A proposta de anistia enfrenta barreiras em diferentes instâncias. Ministros do STF já afirmaram que a medida é inconstitucional e que, mesmo se aprovada pelo Congresso, seria derrubada na Corte. No Senado, a avaliação predominante é de que o texto tem poucas chances de prosperar.