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porto velho, terça-feira 28 de outubro de 2025

BRASIL: A aprovação da PEC da Blindagem, também chamada de PEC das Prerrogativas, desencadeou uma onda de arrependimento entre deputados que votaram a favor do texto-base na Câmara dos Deputados. A proposta foi criticada por juristas, entidades da sociedade civil e até mesmo pelos próprios parlamentares que a aprovaram, por prever a ampliação de benefícios e proteções para políticos em detrimento da transparência.
O deputado Pedro Campos (PSB) fez uma autocrítica pública e afirmou que o campo progressista acabou se equivocando na estratégia:
“Nos últimos dias, eu recebi milhares de mensagens de várias pessoas perguntando sobre a minha posição na PEC da Blindagem. (...) Tenho a humildade de reconhecer que não escolhemos o melhor caminho. E saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia” , declarou.
Campos relatou que havia duas opções diante da pressão: ou rejeitar totalmente a proposta, arriscando que a anistia eleitoral avançasse com apoio do centrão, ou negociar para retirar os pontos mais graves do texto. Segundo ele, a escolha pelo diálogo acabou não surtindo efeito.
“A Câmara errou na mão”

Outro que também reconheceu o erro foi o deputado Thiago de Joaldo (PP). Para ele, a repercussão do caso deixou claro que o texto aprovado traz riscos maiores do que os problemas que pretendia resolver:
“Pec da Blindagem: esse foi o tema mais debatido nos últimos dias, sem dúvida alguma. (...) Mas nesse caso, é preciso reconhecer que a Câmara errou na mão e o remédio pode ter saído mais letal do que a enfermidade que se queria tratar” .