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porto velho, sexta-feira 14 de novembro de 2025

BRASIL: O placar apertado para a aprovação da recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República acendeu alerta sobre o cenário que indica a possível indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Parlamentares ouvidos pela CNN Brasil — tanto da base quanto da oposição — colocam a aprovação em xeque. "Se fosse hoje, Messias não passava", chegou a dizer um senador sob reserva.
Gonet teve 45 votos na votação desta quarta-feira (12). Foram 20 votos a menos do que em 2023 e apenas quatro a mais do que o mínimo para ser aprovado pelo plenário da casa.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconhecem ter sido preciso “suar a camisa” para assegurar a recondução do PGR, frente à forte articulação de uma oposição capitaneada pelos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Apesar da sabida preferência de Lula por Messias, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) segue como o nome preferido do STF e do Congresso, em especial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Lula, no entanto, já indicou que prefere Pacheco na disputa ao governo de Minas Gerais em 2026.
Se a escolha for mesmo por Messias, a recomendação até mesmo de aliados é para que o governo “não pague para ver”. A tese é de que o nome de Messias só passa alinhado com o grupo político de Alcolumbre.
Nesse contexto, um terceiro nome ganha força entre os senadores: o do ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas. Seria uma terceira via diante do inconformismo com a insistência de Lula e que teria viabilidade também na oposição.