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    porto velho, sexta-feira 20 de junho de 2025

TCU abre procedimento para analisar representação sobre suposta interferência no Inep

TCU abre procedimento para analisar representação sobre suposta interferência no Inep


G1

Publicada em: 19/11/2021 14:39:31 - Atualizado


BRASIL - O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um procedimento para analisar uma representação segundo a qual teria havido interferência no órgão responsável por organizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A abertura foi motivada por uma representação feita por parlamentares e é o procedimento de praxe nesse tipo de caso. O TCU deve analisar, primeiro, se a representação procede. O tribunal também pode arquivar o caso, por exemplo.

No início deste mês, 37 funcionários pediram demissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Uma semana depois, em viagem a Dubai (Emirados Árabes), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as questões do Enem "começam agora a ter a cara do governo.

    Conforme o site do TCU, a representação pede a apuração de: "Possíveis irregularidades na organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, especialmente acerca de fragilidade técnica e administrativa relacionadas às interferências na gestão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)".

    Ainda conforme o site do tribunal, a condução do procedimento ficará com a Secretaria de Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto. O relator do caso será o ministro Walton Alencar Rodrigues.

    A representação foi apresentada pelos seguintes deputados: Danilo Cabral (PSB-PE), Professora Neide (PT-MT), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Bohn Gass (PT-RS), Professor Israel Batista (PV-DF), Idilvan Alencar (PDT-CE), Alessandro Molon (PSB-RJ) e Tabata Amaral (PSB-SP).

    Ministro nega interferência

    Na última quarta (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, compareceu a uma audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e negou interferência política na organização do Enem.

    Aos deputados, Ribeiro disse que, ao afirmar que as questões começam a "ter a cara do governo", Bolsonaro quis declarar que o Enem terá a cara do governo "no sentido de competência

    No mesmo dia, durante viagem ao Catar, Bolsonaro afirmou que não teve acesso às questões.


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