PORTO VELHO, RO: Nesta quinta-feira, 15 de agosto de 2024, Porto Velho registrou a pior qualidade do ar do Brasil, conforme dados da empresa suíça IQAir, especializada em monitoramento da poluição global. 

O Índice de Qualidade do Ar (IQA) na cidade atingiu 615, um nível classificado como "perigoso" pela plataforma, colocando a saúde pública em alerta máximo. Desde o amanhecer, uma densa camada de fumaça tomou conta da cidade, afetando a visibilidade e a respiração dos moradores.

Diante do agravamento das condições ambientais, o Ministério Público de Rondônia (MPRO) anunciou a abertura de um procedimento administrativo nesta mesma data, com o objetivo de monitorar e incentivar ações de combate às queimadas e incêndios florestais no estado. O procedimento foi instaurado pelo promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico (GAEMA).

"A situação é extremamente grave, e exige uma resposta coordenada e eficaz para mitigar os danos ao meio ambiente e à saúde pública. A fumaça das queimadas está afetando severamente a vida dos rondonienses, com sérias repercussões na qualidade do ar, na saúde da população e até na suspensão de voos. Temos a obrigação de agir para proteger o meio ambiente e garantir um futuro saudável para as próximas gerações," destacou o promotor Viscardi.

Ele também ressaltou a necessidade de uma ação conjunta entre os órgãos públicos. "É fundamental que todas as entidades envolvidas, tanto em nível estadual quanto municipal, trabalhem de forma integrada para enfrentarmos esse desafio de maneira eficaz," acrescentou.

Uma reunião foi agendada para a próxima segunda-feira, 19 de agosto, às 9 horas, na sede do MPRO. Estarão presentes representantes de diversas instituições, incluindo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), o Corpo de Bombeiros Militar e o Exército, para discutir e definir as próximas ações a serem tomadas no combate às queimadas.

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