PORTO VELHO-RO: Embora o prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), tenha declarado publicamente que não interferirá na disputa pelos cargos da Mesa Diretora da Câmara Municipal, bastidores apontam para uma articulação estratégica que busca garantir um aliado na presidência do Legislativo. A medida é vista como essencial para assegurar governabilidade e evitar entraves políticos que possam comprometer sua gestão.

Fontes ligadas ao Rondonoticias informaram que Moraes está conduzindo as negociações de forma silenciosa e planeja se engajar com mais intensidade no processo após a diplomação, marcada para o próximo dia 19 de dezembro. A intenção é consolidar uma base sólida no Legislativo, permitindo maior controle sobre a pauta de projetos que serão apreciados pelos vereadores.

“Afinal, sem um aliado para filtrar a pauta de projetos a serem votados, o prefeito está morto, se tiver que lidar com oposição”, comentou uma fonte que prefere não se identificar. Essa preocupação reflete o impacto que uma Mesa Diretora alinhada ou contrária pode ter sobre a administração municipal, influenciando diretamente a tramitação de propostas prioritárias.

Apesar da postura oficial de neutralidade, o movimento de Léo Moraes indica uma estratégia para garantir governabilidade desde o início do mandato. A definição da presidência da Câmara será um dos primeiros desafios políticos do novo prefeito, com potencial para moldar os rumos de sua gestão.

A disputa pela Mesa Diretora será um termômetro para avaliar a relação entre o Executivo e o Legislativo nos próximos anos, colocando à prova a habilidade política de Moraes em formar alianças e consolidar apoio para seus projetos na capital.

Fala-se que já existe consenso sobre a figura do vereador Gedeão Negreiros para o comando da Casa de Leis, mas o novo prefeito evitar comentar essa escolha dos vereadores eleitos.