Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 12 de setembro de 2025
PORTO VELHO - RO - A capital de Rondônia que nasceu às margens do Rio Madeira, continua sem um porto decente para embarque e desembarque de passageiros ou para atracação de embarcações de maior porte. O cenário no Porto do Cai N’Água, no centro da cidade — apelidado pela própria população de “Portal da Imundície” — é um retrato do descaso: obras paradas, estrutura sucateada e nenhuma previsão de solução.
A responsabilidade pela licitação e execução das obras é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que, no entanto, mantém-se em silêncio. Enquanto o tempo passa, o local segue abandonado, oferecendo risco para quem precisa embarcar ou desembarcar e manchando a imagem de uma cidade que deveria ter o rio Madeira como seu principal cartão de visita.
A situação não é apenas estética, mas também econômica e estratégica. Sem um porto em condições adequadas, Porto Velho perde potencial de movimentação de cargas, turismo e integração com a região amazônica. As embarcações continuam operando em condições precárias, sem estrutura mínima de segurança, conforto ou higiene para passageiros e trabalhadores.
Entidades locais já cobraram providências, mas a resposta do DNIT tem sido a mesma: promessas de licitação que nunca se concretizam. Enquanto isso, o Porto do Cai N’Água segue como um símbolo de abandono, acumulando lixo, insegurança e frustração para os moradores.
É urgente que o DNIT destrave o processo de licitação e devolva ao centro da capital um porto funcional, moderno e digno. Porto Velho não pode continuar vivendo de improviso, sem infraestrutura mínima para explorar o potencial do rio Madeira, que deveria ser motor de desenvolvimento e não vitrine de descaso.