PORTO VELHO (RO) - Alvo constante de fiscalizações — sobretudo após a trágica morte de Isabella Sophia Araújo Damazio, de 10 anos, em junho deste ano — o Hospital Infantil Cosme e Damião se transformou em um verdadeiro caldeirão de tensão. Segundo denúncia da família, a Secretaria de Saúde - SESAU, teria negligenciado o atendimento da criança, fato que gerou grande comoção.

Após a tragédia, o secretário de Saúde, coronel Jeferson Rocha, decidiu trocar o comando do Cosme e Damião. De acordo com fontes ligadas ao Rondonotícias, os abusos começaram a partir dessa mudança.

Servidores de carreira relatam que estão sendo ameaçados de transferência para o pronto-socorro João Paulo II caso não cumpram as determinações do novo comando. Entre essas ordens estariam, segundo funcionários, atividades fora de suas respectivas funções.

A alteração nas escalas de trabalho, somada à constante pressão psicológica, é outro ponto criticado por servidores. Um hospital que deveria ser um ambiente de calma e respeito para atender crianças estaria se tornando hostil para o funcionalismo, o que pode refletir diretamente no atendimento prestado.

Na mira de críticas por diversas questões envolvendo a saúde em Rondônia, o coronel Jeferson Rocha precisa demonstrar uma mudança de rumo, já que a saúde pública é um dos grandes gargalos do Estado.