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porto velho, sábado 27 de setembro de 2025
PORTO VELHO (RO) – Ivo Cassol, ex-senador e eterno personagem das disputas políticas rondonienses, está com o pé no acelerador – mas o motor não liga sem a chave de Brasília. Sua tão aguardada pré-candidatura ao Governo de Rondônia está num jogo de nervos, dependendo de um único gesto: o veto presidencial de Lula a um dispositivo da nova versão da Lei da Ficha Limpa, incluído pelo senador Sérgio Moro.
Se Lula vetar, Cassol volta ao tabuleiro como o centroavante mais perigoso para 2026. Se não vetar, o sonho se transforma em miragem e o tabuleiro se rearranja, deixando os aliados do ex-governador sem chão e os adversários soltando foguetes.
Nos bastidores, a tensão é grande. Políticos que antes se movimentavam à sombra de Cassol agora aguardam em silêncio – ou em orações. Afinal, com Cassol na disputa, o xadrez eleitoral se torna imprevisível, e nomes que hoje parecem competitivos podem virar meros figurantes, como é o caso da propalada candidatura do prefeito de Cacoal.
Para completar o drama, o próprio Cassol tem sinalizado que está pronto, com discursos afiados e um tom de "volta triunfal". Mas a decisão não está em Rolim de Moura, nem em Porto Velho: está no gabinete do presidente da República. E, gostem ou não, é Lula quem vai decidir se Cassol será protagonista ou apenas espectador no próximo pleito.