PORTO VELHO - RO - O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, começa a repensar seus planos para as eleições de 2026. Após meses de articulações frustradas e diante do enfraquecimento de sua base política, ele já admite a possibilidade de disputar uma vaga na Câmara Federal, em vez de insistir em uma candidatura ao Governo de Rondônia — projeto que, neste momento, perdeu sustentação.

Mesmo tendo deixado o comando da capital com altos índices de aprovação popular, Hildon não conseguiu transformar o prestígio administrativo em força partidária. As conversas com antigos aliados não avançaram, e o ex-prefeito viu seu grupo se fragmentar, sem conseguir montar uma nominata sólida para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados. O isolamento político, segundo observadores, é hoje seu maior obstáculo.

A ausência de um grupo forte de retaguarda — com lideranças regionais capazes de impulsionar sua candidatura majoritária — tem levado Hildon a adotar uma postura mais pragmática. A disputa por uma cadeira em Brasília surge como alternativa viável para manter-se em evidência e preservar capital político para o futuro.

Nos bastidores, aliados afirmam que o ex-prefeito avalia o cenário com cautela, consciente de que a eleição de 2026 promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos, especialmente para o Governo do Estado. Com nomes como Confúcio Moura-MDB Fernando Máximo-UB, Sérgio Gonçalves-UB e Fúria de Cacoal movimentando as articulações, o espaço para novas lideranças tende a se estreitar.

Hildon, que já demonstrou resistência em aceitar o papel de vice em qualquer composição, agora enfrenta o dilema de se reinventar politicamente. A candidatura a deputado federal aparece como um caminho de reorganização e sobrevivência — uma tentativa de manter viva sua presença no tabuleiro político de Rondônia, mesmo após o esvaziamento de seu grupo e o avanço de novos atores no cenário estadual.