PORTO VELHO (RO) - A última semana foi complicada para o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL), após ele sofrer um “exposed” nacional, no qual ficou constatado que empregava em seu gabinete a esposa, cunhada e outros familiares, todos com salários que facilmente superavam os R$ 16 mil.

Sem alternativa, o deputado se viu obrigado a exonerar todos os seus parentes, ainda que alegasse não enxergar nepotismo nessas contratações. O caso chamou atenção da mídia nacional pela maneira escancarada com que os fatos se sucederam.

Com um perfil acusador, Chrisóstomo tem grande rejeição dentro da Câmara Federal, justamente por se colocar como um fiel defensor da probidade administrativa — muitas vezes, aos gritos. Por conta disso, ele está na mira de uma possível abertura de processo para perda de mandato no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Vale destacar que o fato de ter exonerado os servidores familiares pode reduzir o risco imediato de sanção. Dessa forma, o congressista rondoniense enfrenta mais um desgaste em seu mandato, já abalado após ter sido alvo de chacota nacional durante sua participação na CPMI do INSS, ocasião em que ganhou o apelido de “Sargento Pincel”.

Resta saber como ele irá reagir a mais um baque em sua imagem, até então associada ao discurso de “defensor da família e do Brasil”.