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    porto velho, quinta-feira 27 de novembro de 2025

“A concessão da BR-364 irá salvar vidas”, diz Gilberto Baptista, presidente da FIERO

Ele foi o entrevistado do programa A Voz do Povo nesta quinta (27)


Redação

Publicada em: 27/11/2025 12:59:55 - Atualizado


PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta quinta-feira (27) recebeu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Gilberto Baptista, que abordou temas relacionados à entidade e ao desenvolvimento do estado.

Baptista iniciou a entrevista explicando o processo de concessão da BR-364, que, segundo ele, seguiu uma metodologia atípica, na qual o setor privado assumiu a responsabilidade pelas obras estruturantes.

“A concessão da BR-364 foi realizada em um modelo diferente das demais. Normalmente o poder público faz as intervenções e depois entrega para que o setor privado cuide da conservação e manutenção. Em Rondônia, o modelo foi diferente, deixando as obras para a concessionária”, afirmou.

O presidente da FIERO avaliou como acertada a decisão do Governo Federal de repassar o controle da rodovia à iniciativa privada, destacando a capacidade do setor em responder de forma mais ágil às demandas da sociedade.

“O investimento que a concessionária terá de fazer torna obrigatório o custo do pedágio. Acho correto passar a pista para o setor privado, que agora está cuidando dela de maneira eficiente. O privado consegue dar respostas rápidas, e a vida econômica de Rondônia passa pela BR-364”, destacou.

Outro tema tratado foi a concessão da Hidrovia do Rio Madeira, que, segundo Baptista, ocorre em modelo oposto ao adotado na rodovia.

“O modelo da Hidrovia do Madeira é interessante porque existe um fundo de R$ 590 milhões destinado ao processo de concessão. Esse fundo vai subsidiar as intervenções necessárias no modelo apresentado pela ANTAQ. Será um canal com mais de três metros de profundidade durante todo o ano”, explicou.

Para ele, a concessão trará modernidade e maior eficiência ao transporte hidroviário no estado.

“Houve anos em que tivemos que parar a navegação, e a ideia agora é navegar os 12 meses do ano. As balsas irão pagar, porém os ribeirinhos e usuários comuns do rio não vão pagar nada, apenas quem utiliza a hidrovia para fins comerciais”, afirmou.

Baptista também negou que as concessões irão elevar os preços de produtos básicos em Rondônia.

“Esse conceito de que os preços vão aumentar por conta do pedágio é falho. Existem custos de uma rodovia defasada que deixarão de existir, sem falar no valor das vidas que serão preservadas. Não vai haver aumento nos produtos que chegam por conta da concessão”, finalizou.

Veja A Voz do Povo:


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