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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
Porto Velho - RO - Desde o início do Ensino Fundamental e Médio, as escolas ensinam a simbologia oficial do País, constantemente utilizada em atos cívicos, solenes, e na imensidão de documentos impressos ou eletrônicos.
Brasão, Bandeira, Selo e Hino representam a união nacional. Eles foram implementados pela Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, e incluídos na Constituição Federal.
São valores históricos, ensinam escolas, Universidades e Unidades Militares. Assinalam o sentimento de união da nação e da soberania.
Neste 18 de setembro comemora-se uma vez mais o Dia dos Símbolos Nacionais. A exemplo de todos os países do mundo, o Brasil tem os seus, muito utilizados em conferências, cerimônias diversas e eventos esportivos, entre outros atos.
Em tempos normais, algumas instituições de ensino, Forças Armadas, governos estaduais, prefeituras, Fundações, entre outros órgãos e instituições, promovem atividades que incentivam os estudantes a reconhecerem a importância desses símbolos.
A Lei nº 5.700 ainda determina todas as especificações que ajudam a padronizar os símbolos nacionais: dimensões, padrões, cores, apresentações, etc.
Bandeira Nacional: símbolo principal da nação brasileira, utilizado em diversas ocasiões para representar o País. Ela foi instituída no dia 19 de novembro de 1889, é composta de um retângulo verde, um losango amarelo sobreposto e um círculo azul com estrelas brancas, do qual está atravessada uma faixa branca com o lema nacional positivista*: Ordem e Progresso.
O artigo 20 diz que a Bandeira Nacional, quando não estiver em uso, deve ser guardada em local digno. As cores verde e o amarelo são herdados da Bandeira Imperial, e significam a Casa de Bragança (verde) e a de Habsburgo (amarelo).
Além disso, as cores fazem referência às riquezas do nosso país: verde das matas e florestas, amarelo do ouro, azul do céu.
As estrelas simbolizam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal). A disposição delas representa a constelação Cruzeiro do Sul.
Armas Nacionais: um símbolo que deve estar presente em todos os órgãos e instituições públicas do Brasil, representando todas as características que compõe a República Federativa. As Armas foram adotadas no mesmo dia em que a Bandeira. Foram idealizadas pelo engenheiro Artur Zauer e desenhadas por Luís Gruder sob encomenda de Deodoro da Fonseca, primeiro presidente brasileiro após a proclamação da República, no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro.
Representam a glória, a honra e a nobreza brasileira. É formada por um círculo azul-celeste, com cinco estrelas de prata, na forma da constelação do Cruzeiro do Sul e a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número idêntico ao de estrelas existentes na Bandeira Nacional; sobre o escudo, está uma estrela partida-gironada de dez peças de sinopla e ouro, bordada de uma tira interior de goles e de uma exterior de ouro; o todo brocante sobre uma espada, em pala, empunhada de ouro, guardas de blau, com exceção da parte do centro, de goles e contendo uma estrela de prata, está sobre uma coroa formada de um ramo de café frutificado, à destra, e de outro de fumo florido, à sinistra, ambos da própria cor, atados de blau.
O conjunto fica sobre um resplendor de ouro, cujos contornos formam uma estrela de vinte pontas; há ainda, brocante sobre os punhos da espada, um listel de blau, com a legenda República Federativa do Brasil, no centro, e as expressões 15 de novembro, na extremidade destra, e de 1889, na sinistra.
Hino Nacional: por norma, o Hino Nacional Brasileiro é reproduzido durante o ritual de hasteamento da Bandeira Nacional, seja em solenidades e eventos oficiais do Governo, eventos esportivos, culturais ou nas escolas. A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada e a música elaborada por Francisco Manuel da Silva.
Criado em 1831, teve diversas denominações antes do título, hoje, oficial. Ele foi chamado de Hino 7 de abril (em razão da abdicação de D. Pedro I), Marcha Triunfal e, por fim, Hino Nacional. Com o advento da Proclamação da República e por decisão de Deodoro da Fonseca, que governava de forma provisória o Brasil, foi promovido um grande concurso para a composição de outra versão. Participaram 36 candidatos, entre eles Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno e Francisco Braga.
O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva havia se tornado extremamente popular desde 1831.
Em meio a comoção popular, Deodoro da Fonseca disse:
“Prefiro o hino já existente!”.
Deodoro, muito estrategista e para não contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo Miguez, considerou a nova composição e a denominou como Hino da Proclamação da República.
Selo Nacional: usado para autenticar documentos e atos oficiais do Governo, assim como certificados e diplomas emitidos por entidades reconhecidas pelo governo nacional. Formado por um círculo representando uma esfera celeste, exatamente igual à da Bandeira Nacional, ele tem ao redor as seguinte palavras: “República Federativa do Brasil”.
É usado para conferir a autenticidade dos atos de governo e dos diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas. Foi criado no governo de Marechal Deodoro da Fonseca, e é representado por uma esfera com as estrelas da bandeira que indicam as 27 unidades federativas.
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* Segundo a professora de História Juliana Bezerra, o positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no início do século XIX. Ela defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro. A partir desse saber, pode-se explicar coisas práticas como das leis da física, das relações sociais e da ética. “É notável, no positivismo, duas orientações: a orientação científica, que busca efetivar uma divisão das ciências; a orientação psicológica, uma linha teórica da sociologia, a qual investiga toda a natureza humana verificável. A corrente positivista promove o culto à ciência, o mundo humano e o materialismo em detrimento da metafísica e do mundo espiritual”, escreve Juliana Bezerra.
[Com informações do site Brasil Escola]