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    porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024

Daniel Alves ejaculou dentro de vítima, diz amiga em primeiro dia de julgamento na Espanha

Segundo amiga, vítima sofre de ansiedade desde que teria sido estuprada.


g1

Publicada em: 05/02/2024 18:38:12 - Atualizado

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Uma das amigas da jovem espanhola que acusa o ex-jogador brasileiro Daniel Alves de tê-la estuprado em uma boate em Barcelona afirmou nesta segunda-feira (5) que Alves ejaculou dentro da vítima no momento do estupro e que, antes, teve um comportamento agressivo.

O depoimento da amiga da acusadora foi dado à Justiça durante o primeiro dia do julgamento de Alves, que acontece até quarta-feira (7), pouco mais de um ano após o brasileiro ter sido preso de forma preventiva pela acusação, também em Barcelona.

A amiga da vítima foi a primeira das 28 testemunhas convocadas para depor nas três sessões do julgamento. De acordo com a imprensa espanhola, que acompanhou o depoimento da jovem em uma sala reservada do Tribunal onde ocorreu a sessão, ela chorou bastante durante a fala e disse que a amiga ficou em choque após, segundo ela, ter sido estuprada por Alves.

Desde então, afirmou, a jovem sofre de ansiedade e tem de tomar antidepressivos.

Ainda segundo o relato, a vítima relatou à amiga e a uma prima que também a acompanhava na boate que o jogador a penetrou à força e ejaculou dentro dela durante a agressão - em abril do ano passado, análises de DNA encontraram restos de sêmen de Daniel Alves na mulher, e o exame fez com que Alves mudasse sua versão e admitisse que houve penetração (leia mais abaixo).

Em um primeiro momento, disse ainda a amiga, a jovem não quis denunciá-lo por medo que ninguém acreditasse, ainda de acordo com o relato acompanhado pela imprensa.

No entanto, ela mudou de ideia após se acalmar, e pediu que os funcionários da boate acionassem o protocolo de casos de agressão sexual existente na prefeitura de Barcelona.

A defesa de Alves não se pronunciou após o depoimento. O cronograma do julgamento previa também a fala do brasileiro, mas, na sessão, sua defesa pediu para que ele fosse ouvido somente no último dia, na quarta-feira. A juíza acatou o pedido.

Ainda não há previsão de data para a sentença sobre o caso.

Durante a sessão desta segunda, a jovem que acusou Alves prestou depoimento na sessão desta segunda por cerca de uma hora — não havia confirmação de que ela participaria do julgamento até o início da sessão.

Acompanhada de psicólogos, ela falou aos juízes na mesma sala em que o brasileiro estava, mas os dois não tiveram contato visual.

Sua voz foi destorcida para proteção, e a imprensa foi proibida de acompanhar o depoimento — desde o início do caso, a juíza responsável pelo julgamento proibiu a divulgação da identidade e de imagens da jovem. Segundo a imprensa espanhola, com base em fontes judiciais, a jovem manteve sua versão original, a de que foi estuprada pelo brasileiro.

Já Alves, que pelo cronograma inicial do julgamento falaria já nesta segunda-feira, pediu para que seu depoimento fosse adiado para quarta-feira, após todas as testemunhas fossem ouvidas. O pedido foi acatado.

Esta foi a primeira vez que ele apareceu publicamente desde que foi preso, em 20 de janeiro de 2023.

No início da sessão, a advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, afirmou que o jogador se diz vítima de um "tribunal paralelo", feito, segundo ele, pela opinião pública. A defesa pediu a anulação do julgamento, alegando que a juíza responsável pelo caso não aceitou que um segundo perito examinasse a vítima.

Guardiola solicitou também que novos testes fossem realizados e, só depois disso, que o julgamento fosse retomado. A juíza não acatou o pedido, e a Promotoria contestou na sessão que todos os direitos do acusado foram preservados.

A mãe de Alves também participou do julgamento. Lucia Alves, que foi a primeira a chegar ao Tribunal, é uma das 28 testemunhas convocadas para falar no caso.

O julgamento ocorrerá até a próxima quarta-feira (7). As sessões terão depoimentos de Alves e de 28 testemunhas que estavam na boate, Sutton, em Barcelona, na noite em que, segundo a acusação, o estupro ocorreu, em 30 de dezembro de 2022.

As testemunhas foram indicadas para participar do julgamento tanto pela defesa quanto pela acusação.

  • Seis testemunhas prestarão depoimento nesta primeira sessão, entre elas, a mãe de Daniel Alves.
  • As outras 22 testemunhas falarão no dia seguinte.
  • Já a última sessão, em 7 de fevereiro, será dedicada a trâmites periciais, que entregarão um relatório e conclusões.



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