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porto velho, quinta-feira 31 de julho de 2025
PORTO VELHO-RO: Um nome que atravessa décadas da história de Rondônia na imprensa escrita, Carlos Sperança chega a uma marca rara e respeitável: 45 anos de atuação ininterrupta como colunista político. Com um estilo sóbrio, crítico e sempre bem informado, Sperança é reconhecido como o mais astuto e festejado analista político do Estado.
Sua trajetória teve início no fim da década de 1980, no jornal Estadão do Norte, ainda no período de formação institucional de Rondônia. Em seguida, passou pelo tradicional O Guaporé, com breve passagem pela Tribuna, até consolidar sua atuação no Diário da Amazônia, onde assinou sua coluna por mais de três décadas. Atualmente, seus textos seguem circulando em portais, blogs e jornais do interior, mantendo influência sobre o debate público.
Ao longo dessas mais de quatro décadas, Sperança acompanhou de perto transformações políticas, disputas acirradas, mudanças de governo, crises nacionais com reflexos regionais e os bastidores mais sensíveis da política local. Sua coluna sempre primou por uma abordagem crítica, mas equilibrada, conquistando a confiança de leitores de diferentes correntes ideológicas.
“É uma missão difícil hoje em dia, com tanta polarização política no país, mas a gente vai levando como pode e agradecendo aos jornais que ainda valorizam esse trabalho, tanto na capital quanto no interior”, comentou o jornalista.
Além de informar e provocar reflexão, sua escrita influenciou gerações de jornalistas e formadores de opinião. Em um tempo marcado por ruídos, a longevidade da sua coluna se traduz em algo cada vez mais raro: credibilidade construída com consistência e imparcialidade.
Momentos Marcantes da Coluna de Carlos Sperança
Criação do Estado de Rondônia (1981–1982)
Acompanhou os bastidores da instalação do Estado, com análises sobre os primeiros embates institucionais e o surgimento de novas lideranças.
Primeiras Eleições Diretas no Estado (1986)
Cobriu as disputas que definiram os primeiros governos eleitos democraticamente, revelando estratégias e articulações de bastidores.
Crises políticas estaduais nos anos 1990 e 2000
Sua coluna foi uma das poucas a manter independência em meio a escândalos envolvendo figuras públicas, denunciando abusos e excessos com firmeza.
Transição de gerações no comando político
Sperança acompanhou o surgimento de novos líderes e o desgaste de caciques tradicionais, sempre com olhar crítico e embasado.
Adaptação ao jornalismo digital
Mesmo com o declínio da imprensa impressa, a coluna de Sperança sobreviveu à era digital, mantendo espaço em portais e sites de credibilidade.
Carlos Sperança segue ativo, produzindo análises semanais e mantendo o olhar atento sobre os rumos da política local e nacional. Aos 45 anos de coluna, reafirma o valor do jornalismo que se constrói com responsabilidade, consistência e compromisso com o interesse público.