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porto velho, quarta-feira 24 de setembro de 2025
PORTO VELHO - RO - A capital de Rondônia vive um dos momentos mais graves no setor de combustíveis. Nos cerca de 300 postos espalhados pela cidade, o consumidor encontra preços praticamente iguais, com diferenças de apenas alguns centavos entre gasolina, diesel e etanol. A ausência de concorrência é evidente e abre espaço para suspeitas de cartelização, prática que se repete há anos sem qualquer resposta concreta das autoridades.
PROCON e IPEM, que deveriam garantir fiscalização e coibir abusos, pouco aparecem nesse cenário. A omissão desses órgãos deixou o mercado livre para impor valores abusivos, enquanto o cidadão, sem alternativas, paga caro para se locomover. Porto Velho ocupa hoje a quarta posição entre as capitais com combustíveis mais caros do país e amarga o título de capital onde o etanol é vendido pelo maior preço do Brasil. Na maioria dos postos, o litro já passa de R$ 5,00.
O resultado é um peso insuportável no bolso do trabalhador e impacto direto no custo de vida, já que o transporte e a logística dependem desses insumos.
Enquanto não houver fiscalização séria e punição exemplar para práticas abusivas, o consumidor de Porto Velho continuará encarando os preços na bomba como uma sentença inevitável, sem escolha e sem voz diante de um mercado que atua à sombra da lei.