PORTO VELHO-RO: O coração comercial de Porto Velho, outrora pulsante na tradicional Avenida 7 de Setembro, enfrenta hoje uma dura realidade. Com a economia fragilizada e sucessivos fechamentos de lojas, o cenário que antes simbolizava prosperidade se transformou em um corredor de vitrines vazias, placas de “aluga-se” e portas cerradas.

No centro da capital, a crise do comércio tradicional se soma a outro problema crescente: a presença cada vez mais evidente das facções criminosas. Grupos ligados ao tráfico de drogas ocupam espaço e intimidam, especialmente nas imediações do Mercado Central, onde comerciantes e consumidores relatam sensação de insegurança constante.

Enquanto isso, chama atenção outro fenômeno: o número de farmácias que se multiplica de maneira vertiginosa. Em alguns trechos da cidade, chega a haver quatro estabelecimentos em apenas um quarteirão. Para muitos, esse crescimento desenfreado contrasta com a agonia do comércio variado, deixando evidente a mudança no perfil econômico e social da capital.

O resultado é um centro urbano marcado pela contradição: de um lado, vitrines vazias e o esvaziamento da 7 de Setembro; de outro, farmácias abrindo do dia para a noite, revelando o rumo incerto da economia local diante da falta de alternativas sustentáveis para o comércio tradicional.