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porto velho, segunda-feira 27 de outubro de 2025

PORTO VELHO-RO: A fraca atuação da bancada federal de Rondônia em Brasília tem causado desconforto até entre os próprios eleitores conservadores do Estado.
Com raras exceções — como a da deputada Sílvia Cristina (PL), que mantém agenda ativa em defesa da saúde e das causas sociais —, os demais parlamentares federais rondonienses parecem ter adotado uma postura morna, distante dos grandes debates nacionais e das demandas concretas da população.
O cenário é de mediocridade e apatia política. Boa parte dos representantes tem se limitado a aparições protocolares, discursos genéricos e poucos resultados práticos para o Estado. Em um momento em que Rondônia enfrenta graves desafios —como infraestrutura nas estradas estaduais e federais —, a ausência de protagonismo na Câmara dos Deputados é vista como um vazio de liderança que começa a incomodar.
Analistas políticos avaliam que esse vácuo cria um terreno fértil para a renovação, tanto à direita quanto à esquerda. Novos nomes já se movimentam nos bastidores, de olho nas eleições de 2026. O eleitor rondoniense, cada vez mais crítico e conectado, tende a cobrar resultados concretos, e não apenas presença em redes sociais ou discursos alinhados a narrativas partidárias.
Enquanto Sílvia Cristina consolida sua imagem de parlamentar atuante e de fácil diálogo com o governo federal, outros deputados federais do Estado colecionam críticas por falta de sintonia com as demandas locais. Os temas mais urgentes — como a recuperação da BR-364, do modo que foi licitado, a crise das aéreas no estado, a falta de fortalecimento da agricultura familiar — parecem não encontrar eco na bancada.
Nos bastidores, partidos começam a sondar novas lideranças municipais e regionais para compor chapas competitivas. Empresários, ex-secretários e lideranças comunitárias surgem como potenciais candidatos, embalados pela percepção de que a velha política rondoniense perdeu o vigor e o discurso.
Em resumo, o silêncio e a omissão dos atuais deputados federais abrem as portas para uma mudança de geração na representação política de Rondônia. O eleitor, cansado de promessas e ausências, pode ser o principal protagonista dessa virada — e as urnas de 2026 tendem a confirmar se o Estado continuará refém da estagnação ou se dará espaço a uma nova safra de políticos mais comprometidos com o povo e menos com os próprios interesses.