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    porto velho, terça-feira 28 de outubro de 2025

Rio entra em estágio de atenção durante megaoperação policial que deixa mais de 60 mortos

Ação para prender lideranças criminosas conta com 2,5 mil policiais...


Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

Publicada em: 28/10/2025 14:56:32 - Atualizado

October 28, 2025, Rio De Janeiro, Rio De Janeiro, Brasil: Rio de Janeiro (RJ), 10/28/25 - Police/Security - Mega-operation with the support of 2,500 police officers, in the Penha and Alemao complexes, to combat trafficking and vehicle theft, this Tuesday, October 28, 2025. (Foto: José Lucena/Thenews2/Zumapress) (Credit Image: © Jose Lucena/TheNEWS2 via ZUMA Press Wire)
© Reuters/Jose Lucena/Proibida reprodução

BRASIL - O município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2 de atenção, o que significa risco de ocorrência de alto impacto, por conta da operação das polícias Militar e Civil deflagrada nesta terça-feira (28) na região dos complexos da Penha e do Alemão. De acordo com o governo do estado, a ação mobiliza 2,5 mil policiais civis e militares para prender lideranças criminosas e impedir o fortalecimento do Comando Vermelho.

Segundo o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio de Janeiro, vias no entorno dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, na zona norte; Freguesia, em Jacarepaguá; e Taquara, na zona sudoeste, passam por interdições temporárias em função de ocorrências policiais.

Segundo a Rio Ônibus, mais de 100 linhas tiveram os itinerários alterados. De acordo com a Mobi-Rio, os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além dos serviços de conexão do BRT, foram impactados pelas ocorrências.

As recomendações da prefeitura são:

  • Evite circular nas regiões impactadas pelas ocorrências policiais;
  • Permaneça em local seguro;
  • Mantenha-se informado através dos meios de comunicação e canais oficiais do COR;
  • Baixe o aplicativo do COR.Rio, disponível para Android (http://bit.ly/appcor_android) ou iOS (http://bit.ly/appcor_ios );
  • Se necessário, use os telefones de emergência 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros).

A operação, que ainda está em curso, deixou pelo menos 60 mortos. De acordo com o governo do estado, até o momento, 81 pessoas foram presas, ​72 fuzis apreendidos e "grande quantidade de drogas ainda em contabilização".

Members of the military police special unit patrol a street during a police operation against drug trafficking at the favela do Penha, in Rio de Janeiro, Brazil October 28, 2025. REUTERS/Aline Massuca
Foto: Reprodução

Comissão

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) informou, em nota, que acompanha "com extrema preocupação a escalada de violência provocada pela megaoperação".

A comissão informou que vai oficiar o Ministério Público e as polícias Civil e Militar cobrando explicações sobre as circunstâncias da ação, "que transformou novamente as favelas do Rio em cenário de guerra e barbárie".

Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, deputada Dani Monteiro (PSOL), “nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue”.

“O Estado não pode continuar tratando a vida de todas as vítimas como descartável, nem as favelas como território inimigo ou palco de espetáculo. É preciso garantir a proteção de moradores e policiais, priorizando direitos, inteligência e planejamento em vez de violência e terror”, afirmou a deputada.


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