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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
A organização não-governamental dos direitos humanos sublinhou que, entre os civis, 3.851 eram homens, 1.537 menores de idade e 940 mulheres.
Os ataques aéreos russos também causaram pelo menos 4.732 vítimas entre os membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e 4.098 combatentes sírios e de outras nacionalidades das fações rebeldes e islâmicas, incluindo a Organização de Libertação do Levante, a ex-aliada da Al-Qaida na Síria.
O Observatório divulgou estes dados na altura da visita do Presidente russo, Vladimir Putin, à base aérea de Hamimim na província costeira síria de Latakia, na sua primeira visita a este país desde o início do conflito, em 2011.
Durante a sua permanência na Síria, Putin, que foi recebido pelo seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, anunciou a retirada da maioria das forças russas da Síria.
Esta viagem ocorreu depois de Putin, no dia 06 de dezembro, ter proclamado a derrota completa do EI na Síria, ao serem destruídas as últimas posições dos 'jihadistas' em ambos os lados do rio Eufrates.
Pode haver "alguns bolsas de resistência, mas, em termos gerais, os combates nesta fase e nesse território terminaram (...) com a nossa vitória e a derrota dos terroristas", declarou o Presidente russo.
No entanto, o OSDH sublinhou que isto é uma "mentira", já que ainda existe uma presença do EI na Síria, sendo que os radicais controlam três por cento do território, o que equivale a 5.600 quilómetros quadrados.
Os extremistas, de acordo com os dados do OSDH, mantêm posições ao sul de Damasco, bem como nas províncias de Homs e Hama, no centro da Síria, Deir al-Zur e Al-Hasaka, no nordeste, e em Deraa e Al Quneitra, no sul do país.
O Observatório acrescentou que, graças ao apoio russo, as forças do Governo sírio passaram de dominar 19,3% da superfície da Síria (36.000 quilómetros quadrados) em 2015 para 55,8%, 103.500 quilómetros quadrados, atualmente.