PORTO VELHO - RO - Parece que o destino do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) é acumular tombos sempre que resolve “alçar voo” rumo a cargos maiores. A primeira rasteira veio quando tentou se lançar candidato à Prefeitura de Porto Velho. O então presidente regional da legenda, Júnior Gonçalves, tratou de puxar-lhe o tapete antes mesmo da corrida começar.

Agora, em pleno 2025, o roteiro se repete — com direito a reprise. Embalado por pesquisas que supostamente o colocariam em boa posição, Máximo se assanhou a anunciar sua pré-candidatura ao Governo de Rondônia em 2026. Mas eis que o comando da federação União Brasil/PP cai no colo do governador Marcos Rocha, que, por sua vez, já sinaliza preferência pelo vice Sérgio Gonçalves como nome da casa para disputar o Palácio Rio Madeira. Resultado? Mais uma rasteira para o currículo do médico-deputado.

A cena é quase caricata: com sua inseparável toquinha, símbolo tão constante quanto suas pretensões eleitorais, Máximo terá de procurar abrigo em outro ninho partidário assim que abrir a janela. Os bastidores já falam no PL, onde poderia tentar o governo, ao lado de Marcos Rogério, que deve buscar a reeleição ao Senado.

A pergunta que não cala — e que circula com sabor de ironia nos corredores da política rondoniense — é: por que tanta rejeição dentro da própria legenda? O que tem o deputado, além da indefectível toquinha, que causa tamanho desconforto entre os caciques do União Brasil?

Enquanto essa resposta não vem, a única certeza é que Fernando Máximo segue acumulando pousos forçados em sua trajetória política. Afinal, querer voar alto sem combinar com o dono do hangar costuma dar nisso: queda livre antes da decolagem.