Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 27 de setembro de 2024
Com os R$ 2.400 das duas primeiras parcelas do benefício (ela recebeu o auxílio para mulheres que são chefes de família), montou um pequeno frigorífico de frangos, no interior de Sergipe, e com menos de um mês já pensa em expandir os negócios.
Precisando comprar um sofá novo para casa e pagar uma dívida da faculdade de administração para receber o diploma, até pensou em adiar o sonho. "Mas avaliei bem e vi que nada disso me daria uma vida melhor de imediato", diz a nova empreendedora.
A ideia de montar um negócio próprio é antiga, mas a de abrir um frigorífico surgiu em 2019, quando Luana começou a trabalhar cortando frangos em um estabelecimento na cidade onde mora, em Itabaianinha, a 120 quilômetros de Aracaju.
"Sempre tive esse espírito de empreender: fazia unha, vendia produtos de catálogo, mas não sabia o que montar. Um dia fui chamada para trabalhar em um frigorífico no caixa. E, aos sábados, cortava frangos. E não é que levava jeito mesmo? Me identifiquei", conta.
Até pouco antes de inaugurar o empreendimento, em 4 de julho, Luana se mantinha com os dois filhos, somando os R$ 100 que ganhava no frigorífico, mais R$ 214 do Bolsa Família e faxinas esporádicas ao valor de R$ 30.
Sem carteira assinada, Luana foi dispensada do frigorífico em maio ao revelar para a patroa que também gostaria de vender frangos por conta própria. No mesmo mês, recebeu a primeira parcela do auxílio emergencial, de R$ 600, e não quis mexer no valor à espera da segunda.
"Quando disse que iria vender frango, ela me tirou do emprego na hora. Não foi só a questão da concorrência. É que ela não sabe trabalhar quando vê outra querendo crescer", diz.