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    porto velho, quinta-feira 3 de julho de 2025

Advogada de coronel da PM acusado de apontar arma para a ex-esposa apresenta versão do militar

Em Vilhena, um amigo o convidou para pernoitar em sua casa.


Folha do Sul

Publicada em: 01/06/2022 16:50:04 - Atualizado


VILHENA, RO -  - A advogada que representa o coronel reformado da Polícia Militar, que foi detido e acusado de ameaçar a ex-esposa em Vilhena entrou em contato com o FOLHA DO SUL ON LINE para apresentar a versão do exmilitar. O site publicou o caso na manhã de ontem. Segundo a profissional do Direito, que acompanhou o acusado durante o depoimento dele na Unisp, o militar estava vindo de Mato Grosso, onde mora atualmente, e seguiria para Porto Velho, para participar da reunião de uma entidade da qual faz parte. Em Vilhena, um amigo o convidou para pernoitar em sua casa.

Estava havendo um evento no local e, como o coronel não estava bebendo, os participantes da festa pediram que ele fosse buscar cerveja, pois havia o risco de alguém alcoolizado ser parado numa blitz da Lei Seca.

A advogada admite que o militar passou em frente à casa da ex-esposa, mas apenas para ver a filha adolescente que tem com ela. Ele ligou antes para a garota para dizer que estava na cidade e gostaria de se encontrar com ela. A ex-esposa, que trabalha como motorista de aplicativo e teria passado em frente à casa onde o coronel estava hospedado, chegou a persegui-lo com seu carro e ele acabou parando no meio da rua para que os dois conversassem. Na versão apresentada pela mulher, o militar a abordou quando ela chegava em casa. Segundo diz a motorista de aplicativo, quando ela desceu do carro, o ex-marido apontou um revólver em sua direção e disse: “agora eu vou te matar”.

A suposta vítima disse que, para não ser baleada, se escondeu atrás de um caminhão que estava estacionado nas proximidades. Já a versão do homem é diferente: ele nega que estivesse armado naquela ocasião e também quando foi abordado por policiais militares, após a ex acionar a corporação. “Os próprios PMs são testemunhas, pois filmaram a abordagem e não havia arma nenhuma com meu cliente”, garante a advogada.

O MOTIVO

A advogada garante que o nervosismo da mulher, que segundo ela não tem 11 medidas protetivas contra o coronel, como alega, ficou nervosa porque o ex-marido diminuiu o valor da pensão que pagava à filha dos dois. “É juridicamente impossível alguém conseguir 11 medidas protetivas no prazo de um ano e meio”, diz a advogada do acusado, acrescentando que existe um áudio no qual a mulher ameaça esfaquear o exmarido. FIANÇA A advogada também argumenta que, por considerar controversas as acusações da mulher, o delegado que atuou no caso não pediu a prisão preventiva do acusado. O militar pagou fiança, cujo valor não foi revelado, e foi liberado.


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