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    porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024

Conselho derruba decisão de terceirizar serviços da saúde pública em Vilhena, RO

Prefeito informou que uma instituição filantrópica "vai cuidar da gestão da saúde em Vilhena". Votação rejeitou a terceirização por 12 votos contra 1


G1

Publicada em: 03/02/2023 16:22:08 - Atualizado


RONDÔNIA - O Conselho Municipal de Saúde votou contra a decisão do prefeito de Vilhena (RO) de terceirizar os serviços da saúde municipal. Desde o dia 24 de fevereiro, o município está em estado de emergência em saúde.

A votação aconteceu na última quinta-feira (2), na Câmara de Vereadores e teve a terceirização rejeitada por 12 votos contra 1.

O delegado Flori Cordeiro, prefeito de Vilhena (RO), tinha dito que uma instituição filantrópica iria "cuidar da gestão da saúde” do município, mas o Conselho foi contrário pela decisão de entregar os serviços da saúde municipal à Santa Casa de Misericórdia.

Segundo a presidente do Conselho de Saúde, Maria Luiza, essa medida é contraria à legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) e que a gestão pública é da direção direta para os entes federados. Assim sendo, a gestão não pode ser terceirizada.

Além disso, ela diz que há muitos problemas para serem resolvidos por parte da prefeitura nesta área.

“Se ele [prefeito] conseguir começar por essa base, reorganizando os serviços e colocando isso de volta como o Lírio Hoesel [Unidade Básica de Saúde] que hoje está fora do seu endereço da área das extremidades daquele bairro, a gente consegue trabalhar para a instalação daquilo que a comunidade anseia” explicou, citando como exemplo a Casa de Parto para mulheres e gestantes e da necessidade de um trabalho da equipe multifuncional dentro da maternidade.

O Ministério Público (MP) deve intervir para que a decisão contrária à terceirização do Conselho de Saúde seja mantida.

Entenda o caso

No dia 24, o delegado e prefeitura de Vilhena, Flori Cordeiro, assinou um decreto de estado de emergência em saúde pública.

A administração apontou falhas na gestão anterior e também notou que “quase todos os serviços prestados à população [é oferecido] de forma insatisfatória, e em alguns casos, omissa".

Por isso, foi criado o Comitê de Reestruturação e Monitoramento. Os principais motivos dessa decisão foram os problemas expostos pela Secretaria Municipal de Saúde, como:

  • O número elevado de pacientes aguardando atendimento médico especializado,
  • O surto de dengue que a cidade enfrenta,
  • O desvio de funções de profissionais dentro da área da saúde, e
  • A situação dos equipamentos das unidades.

Depois disso, a Secretaria Municipal informou a descoberta de um rombo de mais de R$ 50 milhões no orçamento no último dia 26 de fevereiro.


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