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Ex-namorada idealizou a morte de Juninho Laçador: 'não aceitou a rejeição', diz Polícia Civil

Ex-namorada queria que ele fosse morto por não aceitar o fim do relacionamento, segundo a polícia.


G1

Publicada em: 11/02/2023 11:18:50 - Atualizado


RONDÔNIA - As investigações da Polícia Civil sobre o caso Juninho Laçador indicam que Ana Marquezini idealizou a morte dele porque se sentia rejeitada. O campeão nacional de rodeio foi morto com pelo menos 10 tiros em frente a um haras de Vilhena (RO).

“A ideia originou de Ana, a instigação também partiu de Ana. Todo o auxílio partiu de Ana. Ela queria voltar [o relacionamento], ele [Juninho] não quis. Ela não aceitou a rejeição”, revelou o delegado Núbio Lopes, durante entrevista coletiva.

O inquérito do caso foi concluído esta semana. Segundo as provas, Ana queria que Juninho fosse morto por não aceitar o término do relacionamento e o fato de que a vítima estava namorando com outra pessoa. Por isso, segundo a polícia, a suspeita fez chantagem emocional para que o atual namorado comandasse a execução do ex.

A arma utilizada no crime é da família de Ana, mas não foi encontrada. De acordo com a polícia, ela furtou a arma e guardou por um mês para utilizar no dia planejado. Depois do crime, o objeto foi jogado em um rio pelos suspeitos.

A suspeita também foi ao haras e mostrou aos comparsas as porteiras que deveriam ser fechadas para que a emboscada funcionasse. Haras é um local utilizado para criação de cavalos.

O crime

Juninho foi atacado a tiros quando estava dentro de um carro, em frente ao haras que pertence ao pai de Ana. Ao lado dele, no veículo, estava o amigo Carlos Marino, que também foi atingido pelos tiros e socorrido em estado grave.

Três pessoas foram presas por suspeitas de envolvimento no crime: Kaio Cabral, Ana Marquezine e Felipe Gabriel. Segundo o delegado, "não há a menor dúvida" do envolvimento deles na execução de Juninho.

Investigação

Inicialmente a Polícia Civil trabalha com a versão de que Felipe - atual namorado de Ana - mandou Kaio matar Juninho para "tirar ele do caminho" e ficar com a herança do sogro. Depois com a possibilidade do crime ter sido praticado por ciúmes. As versões foram descartadas.

"Houve uma chantagem emocional por parte da Ana. Se ele [Felipe] não fosse, ela iria sozinha. Ele, para não deixar que a amada sujasse as mãos de sangue, findou por aceitar participar do homicídio já que ele sentiu que ela estava determinada", afirma o delegado.

O inquérito deve ser encaminhado para o Ministério Público de Rondônia (MP-RO).

Entenda a participação, motivação e possíveis crimes que cada suspeito pode responder:

Kaio Cabral

Kaio Cabral da Silva Pinho e Felipe Gabriel da Silva são procurados por matar jovem — Foto: Reprodução/Instagram

É suspeito de atirar pelo menos 10 vezes contra Juninho e atingir o outro jovem que estava no carro. A polícia identificou que ele cometeu o crime porque se sentiu desafiado por Ana.

"Chegou um momento em que Ana colocou em cheque a coragem dele", relata o delegado.

Kaio se apresentou na delegacia no dia 3 de janeiro deste ano. Ele pode responder por homicídio doloso contra Juninho e lesão corporal culposa contra Carlos Marino.

Ana Marquezine

Ex-namorada de Juninho e atual de Felipe, Ana pediu que Juninho fosse morto, "ou ela mesma faria". Mesmo estando em outro relacionamento, desejou que a vítima fosse morta porque largou ela e iniciou relação com outra pessoa.

Ela foi a última a ser identificada como suspeita do crime. Ela pode ser indiciada por participação em homicídio qualificado e porte ilegal de arma.

Felipe Gabriel

Atual namorado de Ana, Felipe é apontado como o mandante do crime. Ele teria encomendado a morte de Juninho "para agradar a namorada", segundo a polícia. Foi preso do dia 4 de janeiro, quando se apresentou na polícia.

"O Felipe não participou desse homicídio para ostentar uma vida financeira melhor. Ele participou do homicídio para agradar o grande amor da vida dele", revelou o delegado Núbio Lopes.

O suspeito pode responder por participação em homicídio qualificado e receptação de arma de fogo.


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