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porto velho, sexta-feira 7 de fevereiro de 2025
MUNDO -A China pediu hoje à OMS (Organização Mundial da Saúde) que "não politize" a investigação sobre a origem do coronavírus e garantiu que não realizou "nenhum tipo de ocultação".
Zhou Lei, investigador do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, indicou em conferência de imprensa do Conselho de Estado que, nas fases iniciais da pandemia, o país asiático "compartilhou todos os resultados e dados sem qualquer tipo de reserva ou ocultação", segundo a rede de televisão estatal CCTV.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou recentemente que "a China detém a chave para entender a origem do coronavírus" e que o órgão que dirige pediu ao gigante asiático "cooperar".
O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Shen Hongbing, chamou os comentários da OMS de "ofensivos e desrespeitosos", acusando-a de "tentar difamar a China" e de politizar a Covid-19.
Segundo Zhou, a possibilidade de o vírus ter começado a se espalhar na cidade de Wuhan como resultado de uma infecção entre um animal e um humano está "entre provável e relativamente provável", com base em investigações realizadas na cidade pelo grupo de especialistas do Centro Chinês de Controle e Prevenção.
O especialista descreve a hipótese de que chegou a Wuhan através de um hospedeiro intermediário como "entre provável e muito provável", e que o surto na cidade se originou de produtos congelados, teoria na qual Pequim tem enfatizado desde 2020, como "provável".
Na opinião dos especialistas, que a origem das infecções em Wuhan esteja em um laboratório é "extremamente improvável", disse Zhou.
O grupo de especialistas da OMS que investiga a origem do coronavírus levantou recentemente a possibilidade de que o cachorro-guaxinim, um animal vendido no mercado de Wuhan, onde a pandemia começou, tenha sido a chave na transmissão do patógeno aos humanos.
Tedros enfatizou esta semana que as diferentes hipóteses sobre a origem do coronavírus, que causou quase sete milhões de mortes em todo o mundo, continuam de pé.