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porto velho, terça-feira 12 de agosto de 2025
MUNDO: Palestinos compareceram na segunda-feira (11) ao funeral dos jornalistas da Al Jazeera, Anas Al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, que foram mortos, junto com três colegas, em um ataque aéreo israelense no domingo (10). O bombardeio foi condenado por jornalistas e grupos de direitos humanos.
O exército israelense disse que atacou e matou Anas Al-Sharif, alegando que ele liderava uma célula do Hamas e estava envolvido em ataques com foguetes contra Israel.
A Al Jazeera, financiada pelo governo do Catar, rejeitou a afirmação e, antes de sua morte, Al-Sharif também rejeitou tais alegações de Israel.
Al Sharif, de 28 anos, estava entre um grupo de quatro jornalistas da Al Jazeera e um assistente que morreram em um ataque aéreo a uma tenda perto do Hospital Al-Shifa, no leste da Cidade de Gaza , disseram autoridades de Gaza e a Al Jazeera. Uma autoridade do hospital disse que outras duas pessoas morreram no ataque.
Um sexto jornalista, Mohammad Al-Khaldi, um repórter freelancer local, também foi morto no ataque, disseram médicos do Hospital Al Shifa na segunda-feira (11).
Chamando Al-Sharif de "um dos jornalistas mais corajosos de Gaza", a Al Jazeera disse que o ataque foi uma "tentativa desesperada de silenciar vozes em antecipação à ocupação de Gaza ".
Os outros jornalistas mortos foram Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, disse a Al Jazeera.
"O ataque deliberado a jornalistas por Israel na Faixa de Gaza revela como esses crimes estão além da imaginação", disse o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, no X.
O escritório de direitos humanos da ONU condenou o assassinato dos jornalistas, dizendo que as ações dos militares israelenses representaram uma "grave violação do direito internacional humanitário", enquanto os palestinos relataram os bombardeios mais pesados em semanas.
Al-Sharif fez parte de uma equipe da Reuters que em 2024 ganhou o Prêmio Pulitzer na categoria Fotografia de Notícias de Última Hora pela cobertura da guerra entre Israel e o Hamas.
Um grupo de defesa da liberdade de imprensa e um especialista das Nações Unidas alertaram anteriormente que a vida de Al-Sharif estava em perigo devido às suas reportagens de Gaza. A relatora especial da ONU, Irene Khan, disse no mês passado que as alegações de Israel contra ele eram infundadas.