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porto velho, sexta-feira 22 de agosto de 2025
MUNDO: O governo da China fez um alerta sobre as ameaças dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (à direita na imagem de destaque). Em manifestação da chancelaria chinesa, nesta quinta-feira (21/8), o país disse se opor a qualquer ato que “infrinja a soberania e a segurança de outros países”.
“Nos opomos ao uso ou à ameaça de força nas relações internacionais e à interferência externa nos assuntos internos da Venezuela sob qualquer pretexto”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.
E completou: “Esperamos que os EUA façam mais para promover a paz e a segurança na América Latina e no Caribe”.
Dias antes da manifestação chinesa, o governo norte-americano dobrou a aposta contra Maduro, e enviou três navios de guerra para as proximidades da Venezuela. Ainda não está claro qual o objetivo da movimentação militar, nem se a mesma faz parte do plano do Pentágono em realizar operações contra cartéis de drogas na América Latina. Estimativas apontam que cerca de 4 mil militares estejam sendo transportados nas embarcações.
Contestado internacionalmente, Maduro foi classificado como líder do cartel de Los Soles pela administração Trump, que oferece US$ 50 milhões por informações que levem a prisão do líder chavista.
Ao mesmo tempo em que classifica o presidente venezuelano como parte de um esquema de tráfico internacional, o governo dos EUA mudou suas políticas de combate a atividade criminosa. Agora, carteis de droga são classificados por Washington como organizações terroristas. O que, na prática, abre brechas para que forças norte-americanas sejam enviadas para operações em outros países, sob a bandeira da “guerra ao terror”.