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    porto velho, terça-feira 2 de setembro de 2025

Juiz argentino proíbe publicação de áudios atribuídos à irmã do presidente Javier Milei

Juiz argentino atendeu pedido do governo, que chamou gravação de ilegal


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Publicada em: 02/09/2025 09:26:31 - Atualizado


MUNDO: A justiça da Argentina proibiu nesta segunda-feira (1º) que veículos de comunicação publiquem as gravações de áudio feitas dentro da Casa Rosada, a sede presidencial no país, que foram atribuídas à Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei.

A decisão feita por um juiz federal acatou o pedido do governo argentino, que denunciou o vazamento como "espionagem ilegal", segundo o jornal local La Nación. O Ministério da Segurança solicitou buscas em um canal de streaming e nas casas de dois jornalistas.

Nos áudios, é possível ouvir o que seria a irmã de Milei falando com sua equipe sobre questões trabalhistas: "Não podemos entrar na briga entre nós. Nós precisamos estar unidos” .

O porta-voz do presidente, Manuel Adorni, publicou nas redes sociais a ordem judicial que proíbe a distribuição dos áudios gravados dentro do palácio presidencial "por qualquer meio".

Escândalos do governo

Javier Milei enfrenta escândalos em seu governo após vazamentos de áudios
Reprodução/ Wikimedia Commons
Javier Milei enfrenta escândalos em seu governo após vazamentos de áudios

A divulgação em questão se soma à outro vazamento de áudios, em 19 de agosto, que associa Karina Milei ao esquema de propina na compra de medicamentos para pessoas com deficiência.

Na ocasião, dois jornalistas argentinos publicaram áudios vazados atribuídos ao então chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, amigo e advogado pessoal de Milei.

Spagnuolo é ouvido apontando a irmã e braço direito do presidente, Karina Milei, como uma das principais beneficiárias de um esquema de cobrança de propinas em compras de medicamentos para pessoas com deficiência, e acusa o presidente de saber sobre o esquema de corrupção.

"Estão fraudando a minha agência" , afirma nos áudios. "Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApp de Karina."

Esquema de propina

De acordo com áudios, Karina, que é secretária-geral da Presidência argentina, e o subsecretário de Gestão Institucional, Eduardo "Lule" Menem, teriam recebido propina da indústria farmacêutica em troca de contratos superfaturados para fornecer medicamentos à rede pública.



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