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porto velho, quinta-feira 4 de setembro de 2025
MUNDO: A China realizou nesta quarta-feira (03) o maior desfile militar de sua história, em comemoração aos 80 anos da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento em Pequim apresentou novas peças do arsenal chinês e reuniu vários chefes de Estado, entre eles, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que acompanharam Xi Jinping.
O desfile do "Dia da Vitória" tem vários momentos simbólicos que buscam reafirmar a China como potência militar. A cerimônia incluiu sobrevoos aéreos, tropas marchando em uníssono e a exibição de armas de última geração.
Além de Putin e Kim Jong-un, havia representantes de outros países. O Brasil foi representado pelo assessor especial da presidência para assuntos internacionais Celso Amorim. A ex-presidente Dilma Rousseff também estava presente.
Na Praça da Paz Celestial, Xi Jinping chegou vestido de forma semelhante a Mao Tsé-tung e desfilou por um tapete vermelho ao lado de Putin e Kim até o palanque. Diante de mais de 50 mil pessoas, Xi disse que a humanidade está diante de uma escolha entre paz e guerra.
"Hoje, a humanidade está diante da escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confronto, ganhos mútuos ou soma zero", afirmou.
O líder chinês homenageou as vítimas da guerra e lamentou a morte dos soldados que morreram na defesa do país. Também pediu pela "erradicação das raízes da guerra" para que a história não se repita.
O desfile foi apresentou as novas tecnologias militares chinesas. Entre elas, o míssil hipersônico YJ-15, projetado para atingir grandes embarcações com alto poder de destruição, e o drone subaquático AJX002, um veículo não tripulado de 18 metros, capaz de operar em modo furtivo.
Também desfilaram pela primeira vez três novos mísseis balísticos intercontinentais nucleares: Dong Feng-61, DF-31BJ e DF-5C. Este último, segundo a imprensa chinesa, pode alcançar até 20 mil quilômetros e carregar múltiplas ogivas nucleares.
Além disso, Pequim apresentou seu primeiro míssil nuclear lançado do ar, o JL-1, e o sistema HQ-29, descrito como uma arma de defesa espacial com capacidade para derrubar satélites estrangeiros.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou as redes sociais para criticar o evento e ironizar a presença de Putin e Kim ao lado do líder chinês.
"A grande questão a ser respondida é se o presidente Xi da China vai ou não mencionar a enorme quantidade de apoio e "sangue" que os Estados Unidos da América deram à China para a ajudar a garantir a sua LIBERDADE de um invasor estrangeiro muito hostil", questionou Trump.
"Muitos americanos morreram na busca da vitória e da glória da China. Espero que sejam legitimamente honrados e recordados pela sua bravura e sacrifício!", escreveu o presidente dos EUA.