Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 17 de janeiro de 2025
MUNDO - Os jovens no México estão sendo os pivôs da terceira onda de contágio da covid-19 no país, que tem sido minimizada pelas autoridades devido à redução do número de pacientes hospitalizados e gravemente doentes.
"Vim (para fazer o teste), porque no escritório onde trabalho meu chefe direto deu positivo e porque estive em contato com ele até sexta-feira", disse à Agência Efe Alejandro López, de 27 anos.
Como nos primeiros meses da pandemia, os locais de teste têm registrado longas filas, mas, atualmente, a maioria é formada por pessoas com idades que variam entre 20 e 35 anos, ainda não vacinadas e temem se infectar.
Durante semanas, o governo do México resistiu a falar sobre uma terceira onda de contágio. No entanto, na terça-feira (13), foi foi admitido abertamente que há um novo pico, que começou há quatro semanas.
Este surto começou em estados turísticos como Quintana Roo, Yucatán e Baixa California Sul, se espalhando por quase todo o país. Um estudo registrou um aumento de 29% nos positivos confirmados na última semana.
Até agora, o México relatou mais de 2,6 milhões de casos e 235.500 mortes pela Covid-19. É o quarto país do mundo em óbitos, atrás somente de Estados Unidos, Brasil e Índia.
Mais de 52 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus já foram aplicadas no território mexicano, o que ajudou na redução de complicações e mortalidade.
"Embora esses tipos de casos ocorram, não há aumento de hospitalizações. Esta é a consequência positiva de ter a população vacinada", disse Hugo López-Gatell, subsecretário de Prevenção e Estrategista de Promoção da Saúde da pandemia no México.
Em 7 de julho, Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), reconheceu uma tendência de aumento de casos no país, ao alertar que os jovens têm um papel ativo na transmissão e contágio do coronavírus.
Há semanas se percebe que os jovens mexicanos estão voltando a festejar não só nos bares e restaurantes, mas também nas barracas de rua, sem seguir medidas de prevenção ou distanciamento social.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também admitiu o problema. "Se há mais infecções de jovens é porque há um relaxamento da disciplina porque ficaram muito tempo presos, agora se encontram mais com os amigos, é daí que vêm as contaminações".
O presidente mexicano pediu moderação deles e que as pessoas não confiem nas outras.