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porto velho, sexta-feira 17 de janeiro de 2025
Jornalistas, grupos de ativistas e políticos de oposição de 50 países podem ter tido seus smartphones invadidos por um programa de espionagem chamado Pegasus.
Programas de computador que têm como função invadir outros computadores são conhecidos como malware. O Pegasus foi criado por uma empresa de Israel, o NSO Group. A história foi revelada no domingo (18) por jornais do Reino Unido e dos Estados Unidos.
O Pegasus é uma ferramenta extremamente invasiva, que pode ligar a câmera e o microfone do celular, bem como acessar dados do dispositivo, convertendo-o em um espião de bolso.
Em alguns casos, ele pode ser instalado sem a necessidade de enganar o usuário para que ele faça um download, que é a maneira mais comum de invadir um aparelho.
A empresa israelense vendeu o programa para governos de países. Supostamente, eram os clientes dessa empresa que decidiam quais eram os smartphones que seriam invadidos.
Já foram identificados mais de mil pessoas, em 50 países, que foram alvo do malware do NSO Group.
Entre eles, há 189 jornalistas, mais de 600 políticos ou dirigentes de governo, ao menos 65 executivos de empresas, 85 ativistas de direitos humanos e alguns líderes de Estado, segundo o "Washington Post".
A Forbidden Stories, uma organização sem fins lucrativos de Paris, e a Anistia Internacional conseguiram uma lista de 50 mil números de telefones que podem ter sido invadidos pelo malware israelense.
As duas entidades procuraram um grupo de 16 jornais internacionais para formar um consórcio que tenta descobrir quem são as vítimas da espionagem.
É esse consórcio que conseguiu identificar os mil primeiros nomes e tenta chegar aos 50 mil da lista.
Não foi revelado como a Forbidden Stories teve acesso aos 50 mil números de smartphones que foram invadidos.