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    porto velho, sábado 18 de janeiro de 2025

Acusado de predador sexual, Andrew Cuomo se isola e perde apoio de importantes aliados democratas

A queda livre de Cuomo se acentuou após a divulgação de um relatório de 165 páginas, baseado em denúncias de pelo menos 11 mulheres


g1

Publicada em: 09/08/2021 09:44:08 - Atualizado

Em menos de um ano o governador de Nova York viu sua popularidade oscilar entre o apogeu e a decadência. Antes cotado como promessa democrata para as eleições presidenciais de 2024, Andrew Cuomo tem sobre a cabeça a espada do impeachment e a ameaça de não terminar o terceiro mandato.

O governador que fez as vezes de estadista durante a pandemia, desbancando o então presidente Donald Trump na firmeza para combater o avanço do vírus, caiu em desgraça. Os 70% que respaldaram sua gestão na crise sanitária agora defendem a renúncia.

A queda livre de Cuomo se acentuou após a divulgação de um relatório de 165 páginas, baseado em denúncias de pelo menos 11 mulheres, dando conta da conduta abusiva no cargo.

Sabe-se agora que o mesmo governador que esteve ao lado das vítimas do movimento #MeToo abraçou, beijou e apalpou suas funcionárias no ambiente de trabalho. Foi rotulado de assediador sexual em série. “O que esta investigação revelou foi um padrão perturbador de comportamentos do governador de Nova York”, resumiu a procuradora-geral do Estado, Letitia James.

Cuomo nega as acusações, tenta dar um tom de normalidade aos gestos relatados como abusivos, mas a pressão para que renuncie ao governo partiu de importantes aliados democratas: o presidente Joe Biden, o presidente do partido, Jay Jacobs, e a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.


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