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porto velho, sábado 18 de janeiro de 2025
Os combatentes do Talebã que encontramos estão estacionados a apenas 30 minutos de uma das maiores cidades do Afeganistão, Mazar-i-Sharif, capital da província de Bactro.
O "ghanimat" ou instrumentos de guerra que eles estão exibindo incluem um veículo utilitário militar Humvee, duas caminhonetes e uma série de metralhadoras poderosas.
No centro de uma multidão fortemente armada, está Ainuddin, um ex-estudante de escola religiosa (madrassa) de rosto impassível que agora é um comandante militar local.
Os insurgentes têm capturado novos territórios num ritmo que parece ser diário, à medida que as tropas internacionais praticamente se retiraram. No meio, está uma população apavorada.
Dezenas de milhares de cidadãos comuns afegãos tiveram de fugir de suas casas - centenas foram mortos ou feridos nas últimas semanas.
Eu pergunto a Ainuddin como ele pode justificar a violência, considerando a dor que ela está infligindo às pessoas pelas quais ele afirma estar lutando.
"É uma luta, então as pessoas estão morrendo", ele responde friamente, acrescentando que o grupo está fazendo o possível para "não causar danos aos civis".
Aponto que foi o Talebã que deu início à briga.
"Não", ele retruca. "Tínhamos um governo e ele foi derrubado. Eles [os americanos] começaram a briga."
Ainuddin e o restante do Talebã sentem que estão prestes a retornar ao domínio depois de serem derrubados pela invasão liderada pelos Estados Unidos em 2001.