Fundado em 11/10/2001
porto velho, sábado 18 de janeiro de 2025
MUNDO - O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) informou nesta quarta-feira (18) que vai começar a oferecer de reforço vacinal a partir de meados de setembro para todos os indivíduos que tomaram a segunda dose da Pfizer/BioNTech ou da Moderna há mais de oito meses.
"Os dados disponíveis deixam muito claro que a proteção contra a infecção por SARS-CoV-2 começa a diminuir ao longo do tempo após as doses iniciais de vacinação e em associação com a dominância da variante Delta, estamos começando a ver evidências de proteção reduzida contra doenças leves e moderadas", diz o comunicado.
O órgão ainda considera que há chances de a proteção contra doenças graves, hospitalizações e mortes diminuir nos próximos meses, "especialmente entre aqueles que estão em maior risco ou foram vacinados durante as fases anteriores do lançamento da vacinação".
Por esta razão, o governo norte-americano já está operacionalizando a aplicação de doses de reforço em indivíduos vacinados com Pfizer e Moderna, dois imunizantes de RNA mensageiro com proteção acima de 90% para casos sintomáticos de covid-19 algumas semanas após a segunda dose.
Todavia, a disseminação da variante Delta e a queda da imunidade ao longo do tempo afetam essa taxa de eficácia.
"Estamos preparados para oferecer vacinas de reforço para todos os americanos a partir da semana de 20 de setembro e oito meses após a segunda dose de um indivíduo. Naquela época, os indivíduos que foram totalmente vacinados no início da implementação da vacinação, incluindo muitos profissionais de saúde, residentes de lares de idosos e outros idosos, provavelmente serão elegíveis para um reforço. Também iniciaríamos esforços para fornecer doses de reforço diretamente aos residentes de instituições de cuidados de longa permanência naquela época", acrescenta a nota.
Quem recebeu a vacina de dose única da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson) também deve tomar um reforço. No entanto, a decisão ainda não foi formalizada.
"A administração da vacina J&J não começou nos Estados Unidos até março de 2021 e esperamos mais dados sobre a J&J nas próximas semanas. Com esses dados em mãos, manteremos o público informado com um plano oportuno para os reforços da J&J também", salientam os membros do CDC.
Os Estados Unidos têm hoje 50,9% da população completamente vacinada (168,9 milhões), mas enfrentam dificuldades em dar andamento à imunização por resistência de uma grande parcela da sociedade.
São estas pessoas as principais vítimas da covid-19 no país nos últimos meses, destaca o CDC. Pela primeira vez em cinco meses, nesta quarta-feira o país contabilizou mais de 1.000 óbitos em um único dia.
"Quase todos os casos de doenças graves, hospitalização e morte continuam a ocorrer entre aqueles que ainda não foram vacinados. Continuaremos a intensificar os esforços para aumentar as vacinas aqui em casa e para garantir que as pessoas tenham informações precisas sobre as vacinas de fontes confiáveis."