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porto velho, quarta-feira 5 de fevereiro de 2025
MUNDO- Foram divulgados novos detalhes dos documentos confidenciais encontrados em imóveis ligados ao presidente americano Joe Biden. O departamento de Justiça indicou um procurador-especial para acompanhar o caso.
O foco da agenda do presidente americano era o encontro com o primeiro-ministro japonês, mas as perguntas foram sobre outro tema. Joe biden foi mais uma vez questionado sobre os documentos confidenciais encontrados em duas propriedades - na garagem da casa dele, em Delaware, e em um escritório particular, na capital americana. O democrata ignorou as perguntas.
Horas depois, foi a vez da porta-voz da Casa Branca ser confrontada com o mesmo questionamento: do que se tratam os documentos e por que estavam em espaços privados.
Karine Jean-Pierre limitou-se a dizer que o governo americano preza pela independência do Departamento de Justiça e que qualquer outro detalhe sobre a investigação será informado pelo procurador-geral.
De acordo com os últimos detalhes divulgados, algumas pastas contém informações sobre a Ucrânia e o irã. E pelo menos um dos documentos está com o selo de "Top Secret" - classificação mais alta da inteligência dos Estados Unidos.
Segundo a imprensa americana, os dez arquivos, entregues à Justiça pelos advogados de Biden, foram encontrados antes das eleições legislativas de novembro, mas só agora a informação foi divulgada.
A situação de Biden difere da do ex-presidente Donald Trump em ao menos três aspectos: primeiro, em quantidade. Os documentos retirados da Casa Branca na administração passada somam quase 150. Segundo, a retirada da casa de Donald Trump foi através de busca e apreensão feita pelo FBI.
E, ao contrário do presidente atual, o republicano questiona a investigação da Justiça e chegou a pedir que alguns documentos fiquem com ele.
Além da investigação sobre a posse dos documentos confidenciais, que também é conduzida por um conselheiro especial, Trump ainda corre o risco de responder criminalmente pelo ataque de apoiadores ao Capitólio. Um assunto que deputados e senadores democratas consideram essencial, mas que perdeu força com as denúncias recentes envolvendo Biden.