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    porto velho, terça-feira 27 de maio de 2025

PF vai investigar Eduardo Bolsonaro por comparar 'professor doutrinador' a traficantes

Deputado fez comparação em evento pró-armamentista na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo


R7

Publicada em: 10/07/2023 17:39:58 - Atualizado


BRASIL O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de uma investigação para apurar falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que compararam professores "doutrinadores" a traficantes (veja vídeo abaixo). "Não tem diferença entre um professor doutrinador para um traficante de drogas, que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime", disse o parlamentar em um evento pró-armamentista realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo (9).

    Em seu discurso, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que os educadores seriam ainda piores do que os envolvidos com tráfico de drogas, porque "causam discórdia na sua casa”. O R7 tenta contato com a assessoria do deputado.

    Em postagem nas redes sociais, o ministro Flávio Dino não citou o nome do parlamentar, mas afirmou que o objetivo da PF deverá ser "identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias de atos criminosos".

    A quarta edição do encontro nacional do movimento Proarmas pela Liberdade aconteceu seis meses após os atos golpistas que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.

    Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos.

    — Flávio Dino  (@FlavioDino) July 10, 2023

    Política armamentista

    Uma das primeiras medidas da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o decreto 11.366, de 1º de janeiro de 2023, suspendeu os registros para a aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores (CACs) e particulares.

    Além disso, reduziu de seis para três a quantidade de armas permitidas para o cidadão comum e suspendeu a concessão de novos registros de clubes e de escolas de tiro, além da concessão de novos registros de colecionadores, atiradores e caçadores.

    O texto também proibiu o transporte de arma municiada e a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos.

    O Ministério da Justiça recadastrou 939.154 armas permitidas e de uso restrito. O prazo acabou em maio deste ano, e o número representa cerca de 99% do total de armamentos encontrados no país.

    Os armamentos que não foram recadastrados ficam sujeitos, a partir de agora, à apreensão administrativa, enquanto os proprietários poderão responder criminalmente por porte ou posse ilegal de arma.


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