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    porto velho, domingo 14 de dezembro de 2025

“Direita avança na Argentina pelos desacertos da esquerda”, avalia Valdemar da Costa Neto

Dirigentes de direita avaliariam que, apesar da expectativa positiva para a atividade econômica, ainda há espaço para um eventual retorno da direita ao poder em 2026


cnn

Publicada em: 14/08/2023 11:08:51 - Atualizado

A vitória do ultradireitista Javier Milei nas eleições primárias na Argentina tem sido classificada como um respiro pela direita brasileira.

Com o resultado surpreendente, dirigentes de direita ouvidos pela CNN avaliariam que, apesar da expectativa positiva para a atividade econômica, ainda há espaço para um eventual retorno da direita ao poder em 2026.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse à CNN que a direita tem potencial para crescer diante dos desacertos cometidos pela esquerda, incluindo o Brasil.

O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, considerou que o continente americano vive neste momento uma “correção de rumos”.

”Depois de fracassos de governos de esquerda na América Latina, diferentes países se voltam para a direita”, afirmou à CNN.

Para ele, o exemplo do crescimento da direita na Argentina é “cristalino”.

”A população sentiu na pele o desastre da experiência de um governo de esquerda e agora já decidiu mudar”, afirmou.

Na avaliação de Ciro, o mesmo movimento deve se repetir nas próximas eleições presidenciais no Chile e na Colômbia.

”E tenho certeza que acontecerá no Brasil em 2026”, ressaltou.

Já o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, avaliou à CNN que a política econômica dos partidos de esquerda fortalece os partidos de direita.

“O grande problema da esquerda é se pautar por uma política econômica estatizante e dependente do Estado”, afirmou.

Na avaliação dele, assim como na Argentina, a população brasileira busca um resultado econômico que só é possível pelo setor privado.

“Para além da pauta de costumes, já que a sociedade ainda é em sua maioria conservadora”, disse.

Milei, com quase um terço da preferência do eleitorado nacional, superou seus rivais em boa parte das províncias do país.

Cai por terra a ideia, disseminada entre muitos analistas e consultores políticos, de que era um fenômeno popular apenas em Buenos Aires e no entorno da capital.

Dizendo-se libertário e apresentando-se como antissistema, Milei defende a dolarização da economia e a extinção do Banco Central.

Ele já prometeu legalizar o comércio de órgãos, quer taxar a educação e saúde públicas e ataca supostas ameaças comunistas em seus discursos.


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