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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Protocolado no início dessa semana na Câmara Federal, um projeto de lei que conta com a autoria dos deputados rondonienses Fernando Máximo (UB) e Cristiane Lopes (UB), pode trazer prejuízos incalculáveis a economia rondoniense.
O texto da Lei, se for aprovado, irá obrigar o Brasil a cortar relações diplomáticas e econômicas com os países que apoiam direta ou indiretamente a causa do Hamas na guerra da Palestina, que ganhou contornos dramáticos neste último final de semana, após uma ofensiva palestina no território israelense.
Nações como Brasil, Noruega, China, Rússia e países árabes, não consideram o Hamas um grupo terrorista e se colocam publicamente favoráveis à causa do grupo, que é criação do país da Palestina, na região onde hoje é a Faixa de Gaza, território governado pelos membros do Hamas.
PREJUÍZO À ECONOMIA:
Apenas no ano de 2022, Rondônia faturou S$ 374 milhões com exportações aos países árabes de produtos como carne bovina, soja e milho, ou seja, mais de R$ 1 bilhão em negócios. Além disso, Rondônia comprou S$ 18 milhões em fertilizantes e em polímeros de propileno dos países árabes.
No início desse ano, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondônia, Sérgio Gonçalves (UB) se reuniu com o secretário-geral e CEO da Câmara Árabe, Tamer Mansour, para alinhar o comércio do Tambaqui rondoniense aos árabes, negócios que poderão ser paralisados com a execução da Lei assinada pela dupla Máximo e Cristiane.
Com negócios com ambos os lados da guerra, o Brasil sempre se manteve à parte desse conflito, sempre buscando um papel de intermediador da paz, sem torna-se inimigo de um lado, ou de outro.
Porém, com a Lei proposta por Máximo e Cristiane, além do prejuízo financeiro, o Brasil entrará de um lado da guerra. O fato mais bizarro disso tudo, é que o posicionamento desses dois deputados de Rondônia ao lado de Israel se dá por motivos religiosos e não por questões políticas e econômicas que visem o bem estar do povo brasileiro.
O fundamentalismo religioso de ambos pode trazer prejuízos irreversíveis a Rondônia e ao Brasil, e também, a quem não tem interesse de se posicionar em nenhum lado dessa guerra que acontece por questões territoriais, ideológicas e históricas que não condiz com a nossa realidade.