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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em uma manifestação que ele mesmo convocou neste domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo.
Segundo Secretaria de Segurança Pública (SSP), cerca de 750 mil pessoas compareceram ao local. Já uma projeção feita pela Universidade de São Paulo (USP), estimou que 185 mil estariam presentes.
O evento contou com trios elétricos, segurança reforçada, ambulâncias e começou às 15h — mas apoiadores do ex-presidente já ocupavam parte da avenida desde o final da manhã. Autoridades políticas também marcaram presença, como:
Acompanhado do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e da antiga primeira-dama Michelle, Bolsonaro chegou à avenida por volta das 14h40, e, assim como parte dos manifestantes, carregava uma bandeira de Israel.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também esteve na manifestação, mas antes da chegada do ex-presidente. Costa Neto é investigado por suposto envolvimento em um plano golpista e está impedido pela Justiça de falar com Bolsonaro.
Em seu discurso, Bolsonaro falou sobre “pacificação” e passar “uma borracha no passado”.
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de nós vivermos em paz, não continuarmos sobressaltados”, disse.
Na sequência, ele pediu ao Congresso Nacional que um projeto de lei fosse feito para anistiar os presos pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, que atacaram à Sede dos Três Poderes, em Brasília. Bolsonaro os chamou de “pobres coitados”.
“Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação, nós já anistiados no passado quem fez barbaridade no Brasil. Agora, nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia, para que seja feita justiça no nosso Brasil”, defendeu.
Contudo, o ex-presidente alertou que aqueles que tivessem depredado o patrimônio deveriam “pagar” pelas ações. “E quem porventura depredou o patrimônio, nós não concordamos com isso, que pague”, adicionou.
Bolsonaro também rebateu as acusações de que teria planejado um golpe de Estado.
“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas para seu lado, empresariais, isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil”.
“E fora isso, por que continuam me acusando de um golpe? Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha a santa paciência”, prosseguiu.