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porto velho, sábado 24 de maio de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-ministro da Defesa do governo de Dilma Rousseff Aldo Rebelo tiveram discussão acalorada durante depoimento de Rebelo ao STF. Nesta sexta-feira (23/5), Rebelo depõe como testemunha de defesa de Almir Garnier. Ao ser questionado pelo advogado de Garnier, Demóstenes Torres, sobre um possível apoio do cliente a uma tentativa de golpe, Rebelo tentou interpretar a língua portuguesa. Moraes o advertiu.
Demóstenes perguntou se seria possível a Marinha, comandada por Garnier, dar um golpe sozinha e citou que é colocado na denúncia que Garnier colocou as tropas à disposição do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Rebelo começou a responder dizendo: “Na língua portuguesa, precisamos colocar em consideração a força de expressão. Quando alguém diz ‘estou frito’ não significa que esteja dentro de uma frigideira”. Quando alguém diz ‘estou à disposição’ não significa literalmente o que quer dizer'”.
Moraes interveio: “O sr. estava naquela reunião? Não? Então, o sr. não tem condições de avaliar a língua portuguesa naquela ocasião. Atenha-se aos fatos”, disse.
Rebelo retrucou: “A minha valiação da língua portguguesa é minha”.
Moraes respondeu: “Se não se comportar, será preso por desacato”.
Rebelo: “Estou me comportando”.
Moraes: “Então responda a pergunta. Responde sim ou não”.
Rebelo: “Não. Não posso responder sim ou não”.
O advogado então partiu para outra pergunta. Rebelo participa de audiência no STF como testemunha de Garnier. Moraes preside a sessão.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ameaçou prender o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo durante depoimento de testemunha no âmbito das apurações da elaboração do suposto plano de golpe de Estado nesta sexta-feira (23).
“Se o senhor não se comportar vou lhe prender por desacato. Responda a pergunta, sim ou não”, disse Moraes ao ex-ministro.