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porto velho, sexta-feira 30 de maio de 2025
BRASÍLIA (DF) - A postura do senador Marcos Rogério (PL) frente a ministra Marina Silva (REDE), durante a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado nesta última terça-feira (27) alcançou as manchetes de noticiários de todo o Brasil.
Rogério impôs sua condição de presidente da comissão e contornou a baderna que a ministra tentou fazer durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado ocorrida na terça-feira (27). Visivelmente agressiva a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, protagonizou um episódio lamentável ao confrontar de forma grosseira e com dedo em riste o senador Marcos Rogério (PL-RO), um dos parlamentares que questionavam a atuação do governo federal em relação à pavimentação da BR-319, cuja restauração ela é contrária.
Em um momento de exaltação, Marina Silva teria colocado o dedo no rosto do senador, atitude que fugiu completamente do decoro esperado de uma ministra de Estado. O gesto, claramente confrontador, foi interpretado por muitos presentes como uma tentativa de intimidação e acabou gerando forte reação de senadores, que exigiram mais respeito e equilíbrio da chefe da pasta ambiental.
Não é a primeira vez que a ministra se vê no centro de polêmicas ao tratar da BR-319, rodovia essencial para o desenvolvimento e integração da região Norte do país. Sua postura contrária ao asfaltamento, ainda que embasada em preocupações ambientais, tem sido criticada por ser inflexível e descolada da realidade socioeconômica local.
Ao abandonar a sessão após os embates, Marina demonstrou despreparo para o diálogo democrático. Se sua intenção era defender uma política ambiental responsável, o efeito foi o oposto: acabou reforçando a imagem de um governo insensível às necessidades da população amazônida, além de desrespeitar o espaço institucional do Senado Federal.
A ministra precisa entender que o contraditório faz parte do processo republicano. Apontar o dedo, literalmente ou figurativamente, para parlamentares eleitos pelo povo não fortalece sua agenda — apenas a enfraquece.