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porto velho, sábado 31 de maio de 2025
PORTO VELHO - RO - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido alvo de intensas críticas em Rondônia, especialmente após novos episódios de tensão envolvendo a recuperação da BR-319, rodovia estratégica que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). Considerada vital para o escoamento da produção agrícola e integração logística da região Norte, a rodovia segue com as obras de pavimentação paralisadas, em grande parte por entraves ambientais.
ADEUS RECUPERAÇÃO DA RODOVIA
A situação se agravou após uma recente confusão no Senado Federal entre Marina Silva e o senador rondoniense Marcos Rogério (PL), que a acusou publicamente de usar o Ministério do Meio Ambiente para impedir o avanço das obras da BR-319 sob pretextos ideológicos. O embate acirrado repercutiu negativamente entre os moradores de Porto Velho e regiões próximas, onde a rodovia é vista como essencial para o desenvolvimento local.
Marina Silva, por sua vez, afirma que o processo de licenciamento ambiental da rodovia segue critérios técnicos estabelecidos por órgãos competentes como o Ibama. Ela também argumenta que esteve fora do ministério por mais de 15 anos e não pode ser responsabilizada pela falta de avanços durante esse período. No entanto, a percepção popular em Porto Velho é outra.
MARINA REJEITADA EM PORTO VELHO
A visita recente da ministra à capital rondoniense, durante o período eleitoral de 2024, reforçou sua rejeição na cidade. Sua presença ao lado do candidato a prefeito Samuel Costa, da coalizão de esquerda, foi duramente criticada por parte da população e acabou sendo considerada um "tiro no pé" para a campanha do jovem político. Em vez de alavancar a candidatura, a associação com Marina Silva teria contribuído para sua queda nas intenções de voto.
ESTADO BOLSONARISTA
Com forte influência do agronegócio e um eleitorado majoritariamente conservador, Rondônia mostra pouca disposição para abraçar figuras associadas ao ambientalismo político/rigoroso. A crescente impopularidade de Marina Silva em Porto Velho e na região norte, reflete o desgaste entre os interesses de preservação ambiental e a demanda urgente por infraestrutura na Amazônia.
Setores do agro acham que, após o entrevero no Senado da República está sepultado de vez o sonho de recuperação da rodovia que liga os dois estados.