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porto velho, terça-feira 26 de agosto de 2025
BRASIL - Os gastos da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, seguem no centro das discussões políticas. Documentos oficiais apontam que viagens e estruturas de apoio ligadas a ela já custaram milhões de reais aos cofres públicos desde 2023.
Somente na viagem às Olimpíadas de Paris, em julho de 2024, foram gastos cerca de R$ 235 mil, incluindo passagens, intérpretes e diárias da comitiva. As passagens de Janja custaram R$ 83,6 mil.
Levantamentos mostram ainda que a primeira-dama teve ao menos R$ 139 mil em viagens individuais e que a equipe de apoio, considerada “informal”, gerou R$ 791 mil em deslocamentos. Somados, os gastos da equipe já chegam a R$ 1,2 milhão.
No Palácio do Planalto, o gabinete de apoio à primeira-dama tem custo anual estimado em R$ 2 milhões.
Com esse dinheiro, seria possível custear várias ações no serviço público. Veja alguns exemplos aproximados (valores médios usados por governos estaduais e federais):
Com R$ 235 mil (valor da viagem a Paris):
Comprar cerca de 6 ambulâncias básicas (cada uma em torno de R$ 40 mil a R$ 45 mil em leilões públicos de veículos adaptados).
Financiar 470 bolsas de estudo do Prouni (considerando mensalidade média de R$ 500).
Pagar quase 400 salários mínimos (R$ 1.412 cada em 2025).
Com R$ 1,2 milhão (deslocamentos de equipe):
Manter em torno de 30 leitos de UTI por um ano (cada leito custa de R$ 35 mil a R$ 45 mil/ano ao SUS).
Comprar 20 viaturas novas para a Polícia Militar (média de R$ 60 mil cada).
Construir quatro creches de pequeno porte em cidades do interior (custo médio de R$ 250 mil cada).
Com R$ 2 milhões (gabinete anual de apoio):
Financiar mais de 1.400 cirurgias eletivas de média complexidade no SUS (média de R$ 1.400 cada).
Pagar 2.400 bolsas de pesquisa científica de iniciação científica (R$ 833 por mês, durante um ano).
Adquirir cerca de 40 ônibus escolares (cada um em torno de R$ 50 mil em programas do FNDE).