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porto velho, domingo 18 de maio de 2025
BRASIL - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (28) que o Governo não vai retirar das Filipinas uma família de brasileiros com coronavírus.
O presidente foi questionado por jornalistas se o Brasil seguiria o exemplo de outros países, como o Japão, que estão organizando missões para tirar seus cidadãos de áreas impactadas pelo vírus.
“Pelo que parece, tem uma família na região lá onde o vírus está atuando. Não seria oportuno retirar de lá, com todo respeito. Pelo contrário. Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas. A gente espera que os dados da China sejam reais. [Que seja] só isso de pessoas contaminadas. Se bem que é bastante. Mas a gente sabe que esses países são mais fechados no tocante a informações", disse.
O presidente se referia à família brasileira que está nas Filipinas, mas que passou por Wuhan, na China, onde está o epicentro da contaminação pelo vírus. Uma criança brasileira de 10 anos com suspeita de contaminação está em isolamento. Os pais da menina também estão isolados por precaução.
O presidente também disse que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a possibilidade de o coronavírus se espalhar pelo mundo. Bolsonaro ressaltou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a avaliação de risco internacional do vírus.
“A OMS está dando em um grau máximo a questão da possibilidade desse vírus se espalhar pelo mundo. Isso já aconteceu na questão do H1N1 e outros momentos da história. Temos que ficar preocupados. Vou agora de manhã atrás do Mandetta para tomar pé de fato do que está acontecendo até o momento”, afirmou o presidente.
Epidemia
A epidemia de coronavírus já matou 106 pessoas, sendo 100 apenas na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, cidade considerada como epicentro da doença. O número de pessoas infectadas também já passa dos 4 mil, de acordo com um balanço divulgado nesta terça-feira (28). Relatos da doença foram identificados em ao menos 12 países.
A OMS emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois de autoridades chinesas notificarem casos de uma então desconhecida pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo. O tamanho é comparável com a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes.